Foto: Senado
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, disse que cometeu um erro ao não arquivar o requerimento para instalar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do 8 de janeiro, no início desta legislatura, como, segundo ele, manda o regimento. A CPI propunha chegar aos culpados pela depredação de patrimônio público, em Brasília, durante um protesto na Praça dos Três Poderes.
A declaração foi uma resposta à senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS), que acusou Pacheco de dar uma “interpretação pessoal” ao solicitar uma nova lista de assinaturas em prol da CPI. Das 44 assinaturas alcançadas na legislatura anterior, só 15 congressistas reiteraram apoio à CPI. Nove senadores retiraram seus nomes. Outros 20 deixaram de assinar o novo documento.
“Talvez o que tenha sido o equívoco desta presidência foi, em razão da atipicidade dessa situação, da gravidade do 8 de janeiro, de um requerimento feito no recesso parlamentar, com número de assinaturas suficientes, ter deixado de arquivá-lo”, disse Pacheco, na terça-feira 21. “E, de fato, eu deixei de arquivar esse requerimento, como fiz com todos os outros requerimentos que estavam pendentes de apreciação, como sempre foi no Senado Federal.”
Na sequência, Pacheco garantiu não ter feito “manobras” contra a CPI. Em entrevista coletiva, Soraya declarou que não concordava com a forma como foi conduzido o processo de ratificação.
Com a CPI do 8 de janeiro enterrada, ainda há a possibilidade de abertura da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, de autoria do deputado federal André Fernandes (PL-CE), que também quer investigar os responsáveis pelos atos de vandalismo na Praça dos Três Poderes.
Revista Oeste