Nesta quarta-feira (29/10), o presidente russo Vladimir Putin anunciou o sucesso no teste do Poseidon, um torpedo nuclear movido por energia atômica. Conhecido como o “torpedo do Juízo Final“, o Poseidon tem capacidade de criar “tsunamis radioativos” e representa uma nova etapa nas demonstrações de poder nuclear da Rússia diante das tensões globais, apesar de poucos detalhes concretos terem sido oficialmente divulgados.
Quais são as características principais desse torpedo?
O Poseidon é uma combinação de torpedo e drone, podendo ser lançado de submarinos. Nomeado em referência ao deus grego dos mares, destaca-se pelo potencial de gerar ondas gigantes e devastar regiões costeiras. Especialistas calculam que o torpedo tem 20 metros de comprimento, pesa cerca de 100 toneladas e alcance de até 10 mil quilômetros, podendo transportar uma ogiva de até dois megatons, equivalente a 133 bombas de Hiroshima.
A combinação de poder destrutivo, grande alcance e propulsão inovadora faz do Poseidon uma ameaça potencial significativa. Sua capacidade de operar sem ser detectado desafia métodos tradicionais de defesa.
Por que o Poseidon se destaca entre as armas?
O Poseidon é destacado não apenas pela sua força, mas por suas especificações técnicas que garantem grande autonomia. Ele é alimentado por um reator resfriado a metal líquido, o que permite longas operações subaquáticas sem abastecimento frequente, dificultando sua detecção.
A tecnologia diferenciada de propulsão nuclear proporciona à Rússia uma posição estratégica vantajosa. Putin afirma que “não há nada igual a isso”, demonstrando a intenção de manter sua capacidade bélica à frente de sistemas de defesa convencionais dos outros países.
Qual é o contexto político do teste do Poseidon?
As recentes ações da Rússia, incluindo os testes do Poseidon, integram uma estratégia de resposta à expansão da OTAN para o leste e à saída dos EUA do Tratado de Antimísseis em 2001. Putin anunciou o desenvolvimento dessa arma em 2018 como parte dessa estratégia, sinalizando que a Rússia pretende resistir à pressão ocidental, especialmente no contexto da guerra na Ucrânia.
A demonstração militar acontece em meio ao aumento de tensões globais. Para o governo russo, exibir avanços tecnológicos é uma forma de pressionar adversários e reafirmar seu poder no cenário internacional. As reações dos líderes ocidentais, como Donald Trump, ressaltam divergências sobre o caminho para lidar com o conflito.
Quais as consequências do uso do torpedo para a segurança global?
Rússia: Putin anuncia que testou com sucesso o "torpedo do juízo final" Poseidon (Status-6 Multipurpose Ocean System, [Sistema Multiuso Oceânico Status-6]), com capacidade nuclear, capaz de causar tsunamis radioativas que poderiam tornar cidades costeiras inabitáveis.
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O Poseidon representa não só uma ferramenta de dissuasão, mas também um desafio para a segurança internacional. O uso dessa arma submarina poderia destruir populações costeiras e causar impactos ambientais graves que durariam gerações.
Esse cenário traz à tona a necessidade de discutir novas alternativas de controle de armas e proteção global. Para ilustrar as principais implicações, veja abaixo alguns pontos essenciais:
- Desafia as defesas antimísseis convencionais, que não são projetadas para ameaças subaquáticas.
- Pode afetar severamente cidades litorâneas, além de causar contaminação radioativa.
- Exige acordos internacionais atualizados sobre armas nucleares e submarinas.
FAQ sobre Torpedo do Juízo Final de Putin
- Quão rápido o Poseidon pode viajar? Embora dados precisos não sejam divulgados, o motor nuclear do Poseidon permite velocidades altas e sustentadas por longas distâncias.
- O Poseidon já foi utilizado em combate? Não, o Poseidon permanece em testes e não há relatos de utilização em combates reais.
- Existem formas de interceptar o Poseidon atualmente? Interceptar um sistema subaquático como o Poseidon permanece como grande desafio às defesas tradicionais, mais voltadas para ameaças aéreas e espaciais.
- Outros países têm tecnologia equivalente? No momento, a Rússia lidera com o Poseidon. Não há registro público de armamento submarino semelhante em outros países.