Foto: Seap/Divulgação.
Polícias de outros estados e o governo federal já enviaram pessoal e equipamentos de segurança, como helicópteros, para ajudar o governo do Rio Grande do Norte a coibir a violência que seria coordenada de dentro de presídios, mas até o momento, o caos avança. A Força Nacional está no estado.
O governo do Rio Grande do Norte informou, neste sábado (18/3), que nove presos suspeitos de ordenar os ataques violentos no estado desde o dia 14 de março foram transferidos para presídios federais nessa sexta-feira (17).
“Os custodiados são acusados de comandar os crimes como homicídios e tráficos de drogas, além de estar envolvido em planos de fugas e ataques a patrimônios públicos e privados no Rio Grande do Norte”, diz trecho da nota.
A transferência ocorreu em resposta aos atentados recentes. Os nove presos estavam no Presídio Rogério Coutinho, localizado no Complexo de Alcaçuz, em Nísia Floresta, na Grande Natal, e poderão ficar custodiados em qualquer uma das cinco unidades federais espalhadas pelo país.
Agora, chegou a 10 o número de custodiados do Rio Grande do Norte incluídos nas penitenciárias federais desde o início da crise no estado. A primeira transferência ocorreu na terça-feira (14).
Onda de violência
Pelo quinto dia seguido de violência no estado, criminosos com armas em punho expulsaram moradores e incendiaram três casas no bairro Igapó, Zona Norte de Natal, na madrugada deste sábado (18).
Segundo os moradores, quatro criminosos encapuzados e com coletes a prova de balas chegaram à Travessa Marcílio Dias por volta de 0h30 e expulsaram nove moradores das três casas, todos da mesma família. Uma idosa de 77 anos foi tirada da cama com uma arma apontada para a cabeça.
Além do terror nas ruas, o grupo responsável pelos ataques matou um policial penal a tiros. Carlos Eduardo Nazário, de 49 anos, foi socorrido e levado em uma viatura da Polícia Militar para o Hospital Santa Catarina, na Zona Norte de Natal, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Além de terem como alvo servidores da segurança, os bandidos têm feito atentados contra os serviços de transporte e de saúde. Desde o meio da semana, escolas públicas e particulares e postos de saúde têm ficado fechados. O transporte público também foi suspenso e parte do comércio fechou as portas.
Créditos: Metrópoles.