O Ministério da Fazenda projeta que o PIB brasileiro será de 1,6% em 2023, conforme dados divulgados nesta sexta-feira (17), no boletim Macrofiscal da Secretaria de Política Econômica (SPE).
A projeção apresenta uma queda em relação à última previsão da SPE, ainda no governo de Jair Bolsonaro, quando o boletim Macrofiscal previa um crescimento econômico de 2,1% em 2023.
As expectativas de crescimento do PIB por parte da SPE diferem das projeções do mercado financeiro e do Banco Central. Segundo o último boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (13), o mercado espera um PIB de 0,89% em 2023, enquanto o BC prevê um PIB de 1% neste ano, segundo o relatório de inflação divulgado em dezembro de 2022.
Segundo o boletim Macrofiscal, “a redução de 0,49 p.p. no PIB em 2023 levou em consideração os indicadores econômicos divulgados desde a última grade, que seguiram mostrando arrefecimento na margem, e os efeitos defasados mais intensos da política monetária sobre a atividade e mercado de crédito do que o anteriormente projetado. As perspectivas de liquidez reduzida nos EUA e em outras economias também colaboraram para a revisão da projeção anterior”.
Para 2024, a estimativa de crescimento econômico é em 2,34%. No boletim anterior, a expectativa era que a economia brasileira crescesse 2,7% no próximo ano.
Já as projeções de inflação foram ajustadas para cima, e segundo a SPE, o IPCA acumulado em 2023 deve ser de 5,31%. Na última projeção do Macrofiscal, a expectativa de inflação para este ano era de 4,60%.
De acordo com a SPE, a revisão na inflação foi motivada pelo aumento na projeção dos chamados preços administrados, como combustível e energia.
Entretanto, a Secretaria ainda espera que haja um contrabalanceamento, pela desaceleração esperada na inflação de alimentação no domicílio e de bens industriais.
Em 2024, a projeção de inflação também foi ajustada para cima, chegando a 3,52%, frente aos 3% previstos pelo boletim Macrofiscal publicado em novembro de 2022. Ainda segundo a SPE, “a partir de 2025, espera-se convergência do IPCA para a meta de 3,00%.”.