Produção industrial recua 2,7 pontos em fevereiro, para 45,2 pontos, segundo pesquisa da CNI; quando fica abaixo de 50, dado mostra retração
A atividade industrial manteve a tendência de queda em fevereiro deste ano, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (16/3) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O resultado foi puxado pela queda de 2,7 pontos nos níveis de produção (de 47,9 para 45,2 pontos) e de 0,7 ponto percentual no emprego (de 49,2 para 48,5 pontos), entre janeiro e fevereiro. Quando fica abaixo de 50, o dado (que varia de 0 a 100 pontos) indica retração.
“A produção costuma recuar na passagem de janeiro para fevereiro. Porém, de 2017 para cá, este foi o menor índice. O número também é menor que a média histórica para o mês, de 46,5 pontos”, explica o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.
Segundo a CNI, um dos fatores que explicam o resultado é o nível dos estoques, que segue acima do planejado pelos empresários, o que mostra uma demanda mais fraca do que o esperado.
Expectativas se mantêm inalteradas
A pesquisa da CNI é dividida em duas partes: uma com dados do mês anterior (atividade e emprego) e outra com dados do mês corrente (intenção de investimento, índice de confiança e expectativa).
Em relação aos índices de expectativa para os próximos seis meses, houve pouca alteração. Apesar de permanecerem acima dos 50 pontos, o que indica um otimismo moderado, os indicadores seguem em patamar inferior às suas respectivas médias históricas.
O índice de intenção de investimento foi de 53,6 pontos na passagem de fevereiro para março, um recuo de 0,4 ponto na comparação com o mês anterior.
A Sondagem Industrial é uma pesquisa mensal que ouve pequenas, médias e grandes indústrias, para avaliar a evolução da produção, o número de empregados, a utilização média da capacidade instalada, o nível de estoques e o estoque efetivo em relação ao planejado, as expectativas e a intenção de investimento.
A pesquisa monitorou 1.637 empresas, entre os dias 1º e 9 de março de 2023.