A situação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está longe de ser confortável. Apesar de uma ligeira melhora pontual em alguns institutos de pesquisa, o cenário político real indica que esse avanço não é suficiente para garantir vitória em uma nova disputa presidencial, especialmente num provável segundo turno, onde o antipetismo e a rejeição ao lulismo voltam a ganhar força.
As projeções mais recentes mostram um padrão consolidado: em qualquer simulação de segundo turno, os adversários de Lula, tanto os nomes de direita quanto de centro, tenderiam a se unir contra o petismo, tornando praticamente inviável a reeleição do atual presidente. A soma de todos os votos dos opositores supera com folga o percentual de intenção de voto do petista, e o cenário tende a se agravar à medida que o centrão se afasta do governo e caminha para a oposição.
Um dos fatores que acelerou essa deterioração foi a atuação de Gleisi Hoffmann, ministra chefe da casa civil, que tem adotado uma postura de confronto dentro do próprio Congresso. A decisão de exonerar aliados que não seguiram orientações do governo em votações-chave acabou minando os poucos apoios que restavam entre deputados independentes. Em outras palavras, Gleisi está “fechando o caixão” político de Lula, isolando ainda mais o governo em um momento em que a base já se mostra fragmentada e desmotivada.
Além disso, as pesquisas revelam um dado alarmante para o Planalto: a rejeição ao lulismo supera os 50%. Esse número, por si só, já seria motivo de grande preocupação. Mas, com a convergência de forças políticas sendo expulsas da base governista e o crescimento do eleitorado conservador nas redes e nas ruas, a perspectiva se torna ainda mais sombria para o projeto de reeleição de Lula.
Enquanto isso, a direita e o campo liberal preparam terreno com nomes que têm trânsito entre diferentes segmentos do eleitorado, e contam com o desgaste da atual gestão como combustível para uma provável virada.
O resumo é simples: a popularidade estagnada, o isolamento político e a rejeição crescente formam uma combinação quase fatal para o lulismo. E, diante desse cenário, as chances de Lula vencer em um segundo turno em 2026 são mínimas.