Os Correios enfrentam um momento delicado em sua trajetória. A estatal, que já foi sinônimo de eficiência e lucro, atualmente se vê em uma encruzilhada financeira, agravada por gastos vultosos e decisões questionáveis. A recente notícia de que foram gastos mais de R$ 1,3 milhão em diárias de viagens ao exterior durante a gestão de Lula (PT) lança luz sobre a administração da empresa neste período crítico.
O cenário atual dos Correios é marcado por um déficit crescente, que começou a se intensificar no início do terceiro mandato de Lula. Somente nos primeiros quatro meses de 2025, a empresa gastou cerca de R$ 92,3 mil com diárias no exterior. Essa cifra continuou a aumentar significativamente, culminando em um gasto de R$ 502,8 mil no ano anterior. Esses números evidenciam uma prática frequente e onerosa, cujos impactos são diretamente sentidos pelos cofres públicos e, consequentemente, pelos contribuintes. As informações são da coluna Cláudio Humberto/Diário do Poder.
Por que os Correios gastam tanto com viagens internacionais?

Segundo a coluna, os altos gastos com diárias de viagens podem ser atribuídos a uma série de fatores, sobretudo o aumento das viagens internacionais realizadas por diretores e funcionários da estatal. Em fevereiro deste ano, por exemplo, um diretor viajou para a Flórida, totalizando uma despesa superior a R$ 23 mil apenas em passagens. Esse tipo de viagem levanta questionamentos sobre a real necessidade e os benefícios trazidos por tais deslocamentos fora do país.
A lógica de negócios dos Correios deveria priorizar a eficiência operacional e a contenção de gastos. No entanto, as viagens internacionais realizadas pelos servidores sugerem o contrário e levantam dúvidas sobre a real prioridade da estatal. É importante uma avaliação crítica dos objetivos e resultados dessas viagens, uma vez que o dinheiro empregado nelas poderia ser melhor utilizado para sanar o déficit crescente.
Como a gestão atual impacta a saúde financeira dos Correios?
Desde que a gestão de Lula anulou a lei que protegia as estatais, incluindo os Correios, houve uma percepção de descontrole nas práticas administrativas. A nomeação de pessoas sem qualificações técnicas para cargos importantes, como a do presidente atual que era churrasqueiro de Lula, também afeta a visão pública sobre a seriedade da gestão. Estas decisões contribuem para a deterioração da saúde financeira da empresa, que agora enfrenta um déficit alarmante.
A situação fiscal dos Correios é agravada pela falta de transparência e o descontrole de despesas. Enquanto a estatal tenta encontrar meios de receber um “cheque especial” de R$ 20 bilhões para evitar a falência, é necessário que as práticas internas sejam revistas e que a administração da empresa repense suas prioridades, visando a reconquista de sua estabilidade financeira.
Quais as ações necessárias para reverter o quadro?

Para que os Correios possam retomar seu equilíbrio financeiro e sua credibilidade, algumas ações estratégicas são imprescindíveis. Em primeiro lugar, uma auditoria completa dos gastos recentes pode ajudar a entender e eliminar as despesas excessivas. Em seguida, a instituição de políticas mais rígidas para a necessidade de viagens internacionais pode ser uma medida eficaz para reduzir custos.
Além disso, é crucial que a estatal adote uma gestão baseada em meritocracia e qualificações técnicas, em vez de indicações políticas. A transparência e a responsabilidade fiscal devem ser pilares na reconstrução dos Correios, promovendo uma governança que evite desperdícios e que utilize os recursos públicos de forma eficaz e responsável.
FAQ sobre os Correios
- Por que a gestão de Lula impactou tanto os Correios? Durante o mandato de Lula, mudanças na legislação que protegiam as estatais permitiram nomeações políticas para cargos chave, afetando a eficiência e a saúde financeira dos Correios.
- Como as viagens internacionais impactam a operação dos Correios? As viagens internacionais, quando não justificadas por interesses comerciais claros, representam um custo elevado que pode ser investido em melhorias internas e no próprio serviço.
- Quais estratégias os Correios poderiam adotar para economizar recursos? Auditorias, cortes em viagens supérfluas, maior foco na eficiência operacional e uma gestão orientada por critérios técnicos são estratégias para economizar e melhorar o desempenho financeiro.
- Os gastos com viagens influenciam diretamente o déficit da estatal? Sim, os gastos com viagens, especialmente internacionais, são um dos fatores que contribuem para o aumento do déficit, desviando recursos que poderiam ser aplicados em áreas mais essenciais.
A recuperação da eficiência e dos serviços dos Correios é possível, desde que a estatal foque em políticas mais responsáveis e em uma gestão voltada para resultados, cortando despesas desnecessárias e reavaliando suas prioridades financeiras.