Ele é acusado de racismo e homofobia, ao ser referir numa entrevista ao piloto de F1 Lewis Hamilton como “neguinho”
O Ministério Público do Distrito Federal apresentou um parecer à Justiça pela condenação do ex-piloto Nelson Piquet, referente à uma ação civil pública, apresentada por entidades e organizações sociais como o Educafro e a Aliança Nacional LGBTI+, pedindo indenização de R$ 10 milhões como forma de reparação por danos morais coletivos.
Piquet é acusado de racismo e homofobia ao ser referir – numa entrevista ao canal Motorsports Talks – ao piloto de F1 Lewis Hamilton, em diversos momentos, por “neguinho”, além de insinuar que ele teria relações homoafetivas para alcançar o sucesso.
Na petição, os autores citam que, “durante a malfadada entrevista em que o réu comenta acidente ocorrido no Grande Prêmio de Silverstone, na Inglaterra, em julho de 2021, ele refere-se múltiplas vezes a Lewis Hamilton com menosprezo, sem sequer citar o nome do piloto inglês, referindo-se a ele apenas como “neguinho”, e incorrendo também em homofobia, afirmando que ‘O ‘neguinho’ devia estar dando mais c* naquela época”.
Na decisão, o MP confirma que houve “violações aos direitos da vítima e da população negra e LGBTQIA+, considerando tanto o plano das normativas internacionais quanto nacionais”.
A atitude do ex-piloto, na avaliação do MP, “traduz claramente a sua concepção do profissional de cor negra, incapaz de ser bem-sucedido em razão de sua competência, fazendo-se necessária a utilização de outros meios, tais como a subjugação, a humilhação e a inferiorização diante de pessoas brancas que seguem os padrões heteronormativos”.
A ação segue para a 20ª Vara Cível de Brasília.