Retiradas superaram os depósitos em R$ 11,515 bilhões, pior marca para o mês desde 1995; estoque cai
Em fevereiro os saques em caderneta de poupança superaram depósitos em R$ 11,515 bilhões. Os dados constam de levantamento divulgado nesta 2ª feira (06.mar) pelo Banco Central (BC). De acordo com o BC, este saldo representa o maior valor em retiradas líquidas desde 1995.
Na ponta do lápis, houve R$ 279,927 bilhões em depósitos, contra R$ 291,442 bilhões em saques. O resultado é bastante inferior ao equivalente do mês de janeiro, quando os saques, menos depósitos, resultaram em R$ 33,63 bilhões de saída líquida das cadernetas.
No ano, somados os desempenhos de janeiro e de fevereiro, os saques acumulam R$ 45,14 bilhões. Os resultados seguidos de saques superiores a depósitos, puxaram para baixo o total de valores guardados em poupança: em janeiro, este estoque era de R$ 972,638.345. bilhões, e no encerramento de fevereiro o acumulado era de R$ 968,039.643 bilhões.
Conta justa
O início de ano com uma série de despesas extras como matrículas escolares, pagamentos de IPVA, IPTU e etc, explica parte dos resultados negativos. A economia ainda com inflação elevada e crédito mais “caro” por conta da Selic mantida em 13,75% desde agosto de 2022, acabam por levar os consumidores a se valerem de recursos da caderneta para fechar as contas do mês.