O Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) de Porto Alegre está comprometido com o fortalecimento das estruturas de proteção contra enchentes na região da Zona Norte. As construções das bermas de equilíbrio no Dique do Sarandi seguem avançando, com o objetivo de aumentar a segurança das comunidades locais. Este trecho é essencial, especialmente após a remoção dos resíduos depositados no local pela ocupação irregular anterior. Esses esforços têm como foco prevenir deslizamentos e proporcionar uma base estável para o dique, cuja estrutura original havia se comprometido ao longo dos anos.
Além disso, foram removidas residências construídas irregularmente sobre o dique, facilitando assim a viabilização das obras de reforço necessárias para a segurança da área. Esta medida foi vital para garantir que o projeto pudesse prosseguir sem obstáculos, refletindo o compromisso do Dmae em mitigar riscos ambientais e proteger a integridade da infraestrutura.
Como a obra afetará os moradores locais?
As obras no Dique do Sarandi incluem não apenas a reconstrução da estrutura de suporte, mas também a implantação de duas bermas de equilíbrio. Essas estruturas são projetadas para estabilizar o dique, melhorando sua resistência contra possíveis deslizamentos de terra. Com dois metros de altura, as bermas são colocadas tanto do lado seco quanto do lado voltado para o rio, assegurando uma robustez adicional. O Dmae aponta que essas medidas são cruciais devido às características geológicas da área da várzea do Gravataí, onde o dique está localizado.
Para os moradores da região, as obras no Dique do Sarandi trazem impactos significativos tanto no cotidiano quanto na sensação de segurança. Durante a realização dos trabalhos, pode haver aumento no fluxo de máquinas e ruídos, além de eventuais interdições de vias próximas ao canteiro de obras. No entanto, a maior expectativa recai sobre a redução concreta do risco de enchentes e deslizamentos, uma vez que, historicamente, muitos residentes sofreram com perdas materiais e incertezas ligadas à vulnerabilidade do dique. Assim, a revitalização da infraestrutura representa não apenas uma melhoria técnica, mas também psicológica, proporcionando tranquilidade e valorização para as comunidades próximas, que esperam poder viver com mais segurança diante dos desafios climáticos.

Por que as obras no Dique do Sarandi são necessárias?
Nos meses recém-decorridos, as fortes chuvas evidenciaram a necessidade urgente de modernizar e reforçar a infraestrutura de proteção contra enchentes em Porto Alegre. O Dique do Sarandi, como parte integrante deste sistema, revelou fraquezas significativas após a enchente histórica de maio de 2025. Estudos conduzidos pelo Dmae identificaram que em alguns pontos o dique estava vulnerável, com altura inferior a quatro metros, o que poderia comprometer sua capacidade de conter inundações significativas.
Quais são as características do projeto atual?
O projeto atual contempla não apenas o alteamento do dique mas também o reforço das suas dimensões horizontais, recuperando a estrutura original da década de 1970. Este plano compreende três fases distintas de ação. A primeira fase já foi concluída com sucesso, abrangendo uma extensão de 1,1 quilômetro entre as casas de bombas 9 e 10. A segunda fase encontra-se em curso atualmente e está prevista para ser concluída em três meses, sujeito às condições climáticas. No entanto, a data de início para a terceira fase, que cobrirá mais dois quilômetros do dique, ainda não foi estabelecida.
O que esperar das fases futuras do projeto?
Conforme o cronograma de trabalho avança, a expectativa é de que a terceira fase proporcione uma cobertura maior do Dique do Sarandi, com monitoramento contínuo durante seis meses após a finalização das obras. As condições climáticas serão um fator determinante para definir a execução dessas atividades. Com as melhorias realizadas, espera-se que o dique recupere suas funções de forma plena, proporcionando mais segurança aos moradores de regiões vulneráveis a inundações. Além disso, as obras de reforço do dique visam gerar confiança na infraestrutura de controle de enchentes da cidade.
O Dmae continua comprometido em mitigar os riscos de enchentes e proteger a Zona Norte de Porto Alegre, um processo contínuo que requer adaptações constantes às mudanças ambientais e urbanas. A complexidade do projeto e as condições variáveis da região destacam a importância de tal iniciativa, que é vital para a segurança e a sustentabilidade da cidade. As obras no Dique do Sarandi não só preservam a história da infraestrutura portalegrense como também representam um passo importante para o futuro, assegurando que as áreas urbanas possam resistir melhor aos desafios climáticos crescentes.
FAQ – Perguntas Frequentes sobre as obras no Dique do Sarandi
- O que são bermas de equilíbrio?
São estruturas em forma de “prateleiras” de solo compactado adicionadas ao dique para aumentar sua estabilidade e resistência contra deslizamentos. - Quando está prevista a conclusão total das obras?
A segunda fase deve ser concluída em cerca de três meses, dependendo do clima. A terceira fase ainda não tem data de início definida. - O dique será capaz de suportar novos eventos de enchente?
Com as melhorias realizadas e o monitoramento programado, espera-se que o Dique do Sarandi recupere plenamente sua função de proteção contra enchentes, inclusive as mais intensas. - Haverá remoção de moradores devido às obras?
Segundo o Dmae, não há previsão de remoção de novos moradores, pois as áreas irregulares já foram desocupadas e as obras são em trechos técnicos. - Como a comunidade pode acompanhar o andamento do projeto?
O Dmae disponibiliza atualizações por meio do site oficial e nas redes sociais, além de comunicados em reuniões com representantes das comunidades locais. - As obras terão impacto ambiental?
Todas as intervenções seguem normas ambientais e contam com avaliação prévia para minimizar impactos na vegetação e fauna locais. - Qual o investimento previsto para o projeto?
O valor exato pode variar conforme o avanço das fases, mas as obras fazem parte do orçamento emergencial destinado pelo município para a recuperação da infraestrutura após as enchentes de 2024. - Qual a situação da terceira fase do projeto?
A terceira fase cobrindo mais dois quilômetros do dique ainda não tem data de início definida, oferecendo uma visão completa do planejamento das obras.