A vítima, de 26 anos, relatou à polícia que foi tocada nas partes íntimas sem luvas e que chegou a ser questionada se “estava gostando” do procedimento
Um médico radiologista foi preso na noite desta quarta-feira (1º) suspeito de violentar uma paciente durante um exame ginecológico em uma clínica médica de Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro.
A vítima, de 26 anos, relatou à polícia que foi tocada nas partes íntimas sem luvas e que chegou a ser questionada se “estava gostando” do procedimento.
Segundo a Polícia Militar, uma equipe do 19° BPM foi até o local e conduziu todos os envolvidos até a 12ª, em Copacabana.
De acordo com a Polícia Civil, o radiologista foi preso em flagrante por violação sexual mediante fraude, cuja pena varia de 2 a 6 anos de reclusão.
Ainda segundo a polícia, vítima e testemunhas já foram ouvidas e diligências estão em andamento para esclarecer os fatos.
Na delegacia, policiais informaram que o médico já é investigado pelo crime de importunação sexual, também contra uma paciente. A denúncia foi em 2020 e está apurada pela Delegacia da Mulher (DEAM).
Em nota, o Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) informou que está apurando os fatos.
A rede Clínica da Cidade declarou que “lamenta qualquer episódio de violência contra a mulher” e que “com 20 anos de história, a rede é reconhecida pelo bom atendimento, pela ética e pela competência”.
“Esse é um fato ISOLADO, envolvendo um profissional, e que está em investigação perante as autoridades”, esclareceram na nota.
Também pontuaram em seu posicionamento que “Desde o momento em que veio à tona o fato, a Clínica da Cidade prestou todo amparo para a paciente. Além disso, a franqueadora e a franqueada estão à disposição das autoridades para colaborar com as investigações”.
“O processo de seleção de profissionais é realizado de forma rigorosa, com base em checagens prévias e periódicas nos conselhos de classe (Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro e Conselho Federal de Medicina), além da análise de diploma, título de especialização e documentos com foto. O profissional em questão estava com os documentos em situação ativa e regular, sem qualquer apontamento de restrições. A unidade nunca recebeu nenhum tipo de denúncia sobre esse profissional, desde sua contratação. Portanto, qualquer histórico anterior deste ou de qualquer médico, NÃO pode ser considerado como responsabilidade da clínica médica”, escreveram.
A reportagem não conseguiu localizar a defesa do suspeito.