Dois meses após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a gestão ainda não designou líderes para pelo menos 194 órgãos federais. Esses departamentos incluem secretarias ministeriais, empresas estatais, agências, diretorias e outros. A Consultoria Ética Inteligência Política analisou cerca de 500 órgãos da União e constatou que o governo ainda não nomeou comandantes para muitos deles. Até o momento, o governo federal não se pronunciou sobre o assunto.
Entre os órgãos que ainda estão sem liderança estão instituições cruciais para o país, como a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), responsável por supervisionar as atividades de inteligência do país e fornecer informações confidenciais ao presidente sobre a segurança do Estado e da sociedade. Outra agência importante que ainda não tem um líder é a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), responsável pela gestão das políticas agrícolas e pelo fornecimento de estoques de alimentos para a sociedade.
Algumas estatais também estão sem presidente, como a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) e a Pré-Sal Petróleo SA. Além disso, bancos públicos como o Banco da Amazônia e o Banco do Nordeste também não têm um líder designado.
O Ministério da Defesa é um dos mais afetados pela falta de líderes, com 18 departamentos sem comando, incluindo a Secretaria de Orçamento e Organização Institucional e a Secretaria de Pessoal, Saúde, Desporto e Projetos Sociais. O governo ainda não deu informações sobre quando pretende preencher essas vagas.