O presidente Lula assinou uma medida provisória (MP) nesta quinta-feira, 2, com as regras do novo Bolsa Família, antigo Auxílio Brasil. O programa vai começar a ser pago em 20 de março deste ano com o valor mínimo de R$ 600. No evento — que contou com a presença da primeira-dama, Janja —, Lula chorou, um ministro rezou o “Pai-Nosso” e a linguagem neutra foi usada como se fosse algo comum.
Tudo começou com um discurso da bióloga Isamara Mendes da Silva, ex-beneficiária do Bolsa Família. A jovem, que hoje é cientista com mestrado e doutorado pela Universidade de São Paulo, deu um depoimento sobre como o programa mudou a sua vida. Ao ouvir a fala de Isamara, Lula chorou.
Em seguida, Elias de Souza Oliveira, presidente do Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (Congemas), começou seu discurso com um “bom dia a todos, todas e todes”. Além disso, disse que o Bolsa Família era importante para que algumas pessoas não usem a “miséria e a pobreza como mecanismos produzir a escravidão”.
Depois, o ministro Wellington Dias, do Desenvolvimento, citou a Bíblia e pediu que todos se colocassem em pé para rezar o “Pai-Nosso”. A oração serviria para “abençoar” Lula e seus ministros.
Logo após, o presidente disse que não iria ler seu discurso, pois preferia falar de improviso. Lula então pediu que a imprensa, o Ministério Público e a igreja fiscalizassem o programa. “O Bolsa Família não vai resolver todos os problemas”, destacou o petista.
O presidente ainda lembrou que, além do programa, é necessário que o Brasil tenha uma política de crescimento econômico e de transferência de renda — tudo que o PT não fez durante os 14 anos de governo. Por fim, Lula atacou o ex-presidente Jair Bolsonaro (como sempre) e disse que vai investir mais do que ele no país.
Revista Oeste