Instrutor de voo disse após invasão em 8 de janeiro que recebeu ajuda financeira para ir a Brasília
O Ministério Público Federal denunciou um instrutor de voos paulista que invadiu a sala de acervo histórico do Senado durante os atos de 8 de janeiro. A identificação de Samuel de Faria só foi possível, em meio a tantos invasores, por um motivo peculiar: foi o próprio autor que filmou o crime. Sentado em uma cadeia do acervo e com os pés em uma mesa, Faria postou: “Estou me sentindo um parlamentar. O pau está quebrando e estou nem aí. Estou de férias, o dinheiro está na conta. Obrigado, amigos patriotas, o pessoal de Amparo (SP), que nos patrocinou com PIX”.
Segundo a denúncia, o acusado colaborou com os demais invasores na destruição de móveis do Congresso. “Samuel foi identificado pela Polícia do Senado Federal posteriormente às prisões em flagrante, em virtude da ampla divulgação pela imprensa dos registros de uma live na qual o denunciado, durante a invasão ao Congresso Nacional, aparece sentado em uma cadeira do acervo histórico da Casa Legislativa, com as pernas em cima de uma mesa, dentro do Parlamento. O registro comprovou sua participação nas depredações, objetivando a abolição do estado democrático de direito e a deposição do governo legitimamente constituído”.
Por esses crimes, Samuel foi indiciado por associação criminosa armada, abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado e dano qualificado, cujas penas máximas juntas, em caso de condenação, passam dos 23 anos de prisão.
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