O Brasil terminou o ano de 2022 com uma taxa média de desemprego de 9,3%, o menor valor desde 2015. Houve uma redução de 3,9 pontos percentuais em comparação a 2021, quando a taxa chegou a 13,2%. A população desocupada média no ano totalizou 10 milhões de pessoas, uma queda de 3,9 milhões (-27,9%) em comparação a 2021. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Ainda de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), a taxa de desocupação no país chegou a 7,9% no trimestre encerrado em dezembro de 2022, uma queda de 0,8 ponto percentual em comparação ao trimestre de julho a setembro.
“O ano de 2021 foi de transição, saindo do pior momento da série histórica, sob o impacto da pandemia e do isolamento ocorrido em 2020. Já 2022 marca a consolidação do processo de recuperação” afirmou Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE. Em dois anos a desocupação do mercado de trabalho recuou 4,5 pontos percentuais.
Segundo o IBGE, a população ocupada média chegou a 98 milhões de pessoas em 2022, a maior média anual da série histórica e 7,4% acima de 2021. Em comparação a 2012, quando a média anual da população ocupada foi de 89,6 milhões de pessoas, houve aumento de 9,4%. O número médio anual de empregados com carteira de trabalho aumentou em 9,2% e chegou a 35,9 milhões de pessoas.
Atividades com maior crescimento
Dentre as atividades, apenas Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura teve queda percentual da população ocupada (-1,6%) e passou a registrar 8,7 milhões de trabalhadores em 2022. Outros serviços foi a atividade com maior percentual de aumento da população ocupada (17,8%) entre 2021 e 2022, passando de 4,4 para 5,2 milhões de trabalhadores.
O grupo formado pelas atividades de Alojamento e alimentação também teve um crescimento importante em 2022, de 15,8%, e com isso, seu contingente ficou em 5,3 milhões de trabalhadores. Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas acumulou ganho de 9,4% (mais 1,6 milhão pessoas) na comparação entre 2021 e 2022. A Indústria geral no Brasil registrou, no ano de 2022, 12,6 milhões de trabalhadores, correspondendo a um aumento de 6,3% (mais 753 mil pessoas) em relação a 2021.