Condenada por esquartejar o marido em 2012 é suspeita de participar de um novo crime, que pode revogar a liberdade
Em liberdade condicional desde maio do ano passado, Elize Matsunaga pode voltar para a prisão suspeita de ter falsificado um atestado de antecedentes criminais. “Precisa ser apurado pela Polícia Civil e julgado pela Justiça, mas a lei de execução penal diz que ocorre revogação do livramento condicional quando o apenado descumpre quaisquer das condições impostas pelo juízo”, explicou ao R7 o advogado criminalista Roberto Guastelli.
A condenada por ter matado e esquartejado o marido em 2012 saiu da prisão de Tremembé após decisão judicial poucos dias depois de o assassinato ter completado 10 anos.
Para que uma nova prisão ocorra é necessário uma condenação pela prática desse novo “suposto crime”, segundo Guastelli. Além disso, há a possibilidade de a ex-detenta voltar para o regime semi-aberto.
Denúncia anônima
A Polícia Civil de Sorocaba começou a investigar a mulher novamente após uma denúncia anônima de que ela teria falsificado documentos. Uma perícia comprovou a fraude, o que provocou a abertura de um inquérito policial.
Elize, então, precisou sair da cidade de Franca, onde trabalha como motorista de aplicativo, e foi levada por policiais até a delegacia de Sorocaba para prestar depoimento, na companhia de seu advogado, Luciano Santoro.
Na delegacia, a ex-detenta negou a acusação de falsificação do atestado de antecedentes criminais.
Para a reportagem, a defesa da mulher afirmou que ela “nem teria qualquer motivo” para fazer isso, “já que o seu processo não transitou em julgado”, sendo assim, “ela poderia ter a certidão de antecedentes sem apontamentos”, relatou Santoro.