Há quase dois meses no cargo, o ministro de Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Goés (PSD-AP), até agora não nomeou oficialmente seus auxiliares mais próximos. O assessor de imprensa da pasta, Gilberto Ubaiara Rodrigues, ainda não teve o emprego formalizado por meio de publicação no Diário Oficial da União (DOU), como é praxe para nomeações de servidores, seja de carreira ou comissionados — incorrendo em transgressão do princípio de publicidade que rege a administração pública.
Mesmo sem “papel passado”, Rodrigues é tratado como chefe da Ascom desde janeiro e inclusive acompanhou pessoalmente o ministro Waldez Goés em viagens a bordo de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB). Ubaiara voou como chefe da assessoria em 6 de fevereiro, quando Goés foi a Araraquara inaugurar obras de infraestrutura, e, no dia 12 do mesmo mês, em visita ao Macapá.
Em nota enviada à reportagem, a assessoria de imprensa do ministério afirmou que o pedido de nomeação de Gilberto foi enviado para a Casa Civil da Presidência da República em 13 de fevereiro, portanto, mais de um mês depois que o funcionário já ocupava o cargo e fazia viagens a trabalho (leia a nota completa no fim da matéria). Em conversa com a reportagem por telefone, Gilberto Rodrigues afirmou que nada fora da lei é feito no MIDR.
“Essa situação não é minha especificamente, é a situação de vários ministérios, a gente está trabalhando porque senão o governo iria parar. Não tenho nenhum tipo de previsão [de nomeação], a única coisa que a gente fez foi ajudar, mas nunca assinei nenhum documento nem tenho prerrogativa oficial”, argumentou Gilberto. “Não estamos transgredindo nenhuma norma da administração pública”, garantiu.
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