Abag chama a atenção do governo federal e pede pela intervenção contra invasores.
A Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) manifestou repúdio contra uma série de invasões de terra que afeta, desde o último sábado (18), Mato Grosso do Sul, o Paraná e São Paulo — reduto com maior concentração de invasores. Em nota, a entidade cobra ação por parte das autoridades.
— [A] Abag repudia todo e qualquer ato de invasão a propriedades, públicas ou privadas, destinadas à produção agroindustrial e clama para que o atual governo intervenha junto às lideranças dos movimentos insurgentes no sentido de apaziguar a vida no campo, para que a agricultura e a pecuária brasileiras continuem sendo a locomotiva da economia nacional — diz o comunicado.
O agronegócio, destaca a associação, é responsável por cerca de 25% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. Com as investidas sofridas nos últimos dias, poderá ser afetado de diversas maneiras.
Tal movimento afasta investidores e cria cenário de instabilidade, além de abrir brechas para campanhas estrangeiras contra o país.
A Frente Nacional de Lutas Campo e Cidade (FNL) assumiu a autoria de onze invasões de terra desde o último fim de semana. Eis a lista:
- Fazenda Fernanda — Japorã (MS)
- Terra da extinta Polar — Ponta Grossa (PR)
- Fazenda Floresta — Marabá Paulista (SP)
- Fazenda São João — Marabá Paulista (SP)
- Fazenda São Lourenço — Rosana (SP)
- Fazenda São Domingos — Sandovalina (SP)
- Fazenda Santana — Planalto do Sul (SP)
- Fazenda Santa Rosa — Mirante do Paranapanema (SP)
- Fazenda Santo Antônio — Presidente Epitácio (SP)
- Fazenda São José — (SP)
- Prédio residencial em obras — (SP)
Apesar da preocupação externada pela Abag, nenhum órgão federal havia se manifestado sobre o tema. Até a última quarta-feira, 22, a entidade pedia a atenção do governo.
— Um país que está em ampla campanha na busca de investidores, nacionais e internacionais, para a garantia de seu desenvolvimento econômico-social, não pode mais conviver com invasões a propriedades rurais como novamente estamos assistindo nessas últimas semanas, por criar um clima de insegurança e desestímulo a quem planeja investir em um setor de grande importância para a economia nacional pela sua pujança e organização — sustentou a associação.
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