Recentemente, o estado de São Paulo implementou uma nova regulamentação, a Lei 18.065, que introduz isenções no IPVA para veículos específicos. Essa lei busca promover tecnologias mais limpas, porém estabelece critérios que limitam quais veículos podem realmente desfrutar dessa vantagem fiscal. Assim, apenas os híbridos flex ou aqueles movidos a hidrogênio e etanol que são produzidos localmente no estado se qualificam para a isenção.
Essa regulamentação tem despertado reações mistas na indústria automotiva. Fabricantes como BYD e Fiat, que inicialmente viram potencial nessa medida, logo perceberam que muitos de seus modelos não seriam contemplados. O requisito geográfico é um fator determinante, beneficiando de forma direta marcas com instalações produtivas em São Paulo, como é o caso da Toyota com seus modelos Corolla.

Quais são os veículos qualificados para a isenção?
A legislação vigente em São Paulo define critérios específicos para a isenção do IPVA aplicada a veículos com tecnologias limpas. Essa medida busca estimular a produção local e incentivar o uso de alternativas sustentáveis, mas não abrange todos os modelos disponíveis no mercado brasileiro. É importante que o proprietário verifique se o veículo se enquadra nos requisitos antes de contar com o benefício.
- Veículos híbridos flex: modelos que combinam motor elétrico e combustão, utilizando gasolina e etanol.
- Veículos a hidrogênio: enquadram-se na isenção desde que sejam montados no estado.
- Modelos a etanol: veículos com tecnologia de funcionamento à base de etanol, fabricados em São Paulo.
- Restrição geográfica: a regra só vale para veículos montados no estado de São Paulo, excluindo importados e os produzidos em outros estados.
- Limitação de alcance: híbridos de outros tipos, mesmo sendo sustentáveis, não entram automaticamente na categoria de isenção.
Por que concentrar incentivos em fábricas locais?
A estratégia por trás dessa legislação é incentivar o desenvolvimento industrial dentro de São Paulo. O governo busca impulsionar investimentos na região, fomentando o crescimento econômico local. Essa medida beneficia diretamente as empresas que já têm fábricas no estado, como General Motors e Volkswagen, reforçando a indústria automotiva regional e promovendo empregos locais.
Reações das montadoras à nova lei

Em resposta à nova política, a fabricante BYD ajustou suas estratégias de venda, anunciando que seus veículos híbridos plug-in seriam isentos do IPVA em condições especiais. No entanto, há uma limitação de tempo, onde apenas compras realizadas em janeiro de 2025 estão elegíveis. Essa abordagem visa atrair novos compradores, mas não atende aos consumidores que já adquiriram veículos da marca.
O impacto da regulamentação no mercado automotivo
Essa regulamentação representa tanto desafios quanto oportunidades. Para fabricantes com operações em São Paulo, a medida oferece um incentivo significativo que pode ser usado para aumentar sua participação no mercado. Contudo, os consumidores agora precisam examinar cuidadosamente a origem dos veículos ao considerar a compra de um híbrido. A complexidade das isenções refletida na nova legislação exige uma análise detalhada por parte das montadoras e consumidores, afetando diretamente as estratégias de mercado e o panorama da indústria automotiva no futuro.