Grupo de ao menos cem pessoas ligadas à aviação civil se uniu para ajudar as regiões devastadas pelas chuva
Em meio aos escombros e à tentativa de tirar vantagem de famílias inteiras que estão ilhadas no litoral norte de São Paulo, há também solidariedade. Um grupo de ao menos cem pessoas ligadas à aviação civil iniciou nesta segunda-feira (20) um trabalho de resgate solidário e envio de mantimentos, por helicóptero, a regiões devastadas pelas chuvas.
Segundo Rodrigo Duarte, 44 anos, ex-presidente da Associação Brasileira dos Pilotos de Helicópteros, grupos de pilotos iniciaram uma mobilização autônoma para levar água, mantimentos, material de limpeza e também resgatar quem precisa sair com urgência dos locais atingidos.
“Eu já fiz um trabalho de resgate em área de furacão, mas o que estamos vendo é um cenário de guerra”, ele diz.
Duarte afirma que empresários de renome também abriram seus helipontos particulares para que o material doado seja escoado. As aeronaves saem carregadas de principalmente três pontos da capital paulista, entre eles o Campo de Marte.
Ele contabiliza ao menos 200 voos voluntários só nesta segunda. “Estou em casa agora, vim jantar para dar conta, mas vou voltar. Não vou parar.”
O relato contrasta com os de que há donos de aeronaves cobrando de R$ 8 mil a R$ 16 mil para retirar famílias dos locais inundados. Mesmo quem tenta ajudar de graça sofre algum constrangimento.
“Pilotos relataram saques e tentativa de cobrança de pouso em um campo de futebol em Maresias, mas a polícia atuou para conter”, diz Rodrigo.
O trabalho assistencial deve se estender pelos próximos dias.
CNN Brasil