Comprar carro no Brasil pode ser uma experiência frustrante — e o advogado Francisco Rabello, mais conhecido como Doutor Fran, sabe bem disso. Com milhões de seguidores nas redes sociais e vencedor do TikTok Awards 2022, ele usa sua plataforma para orientar consumidores a evitarem armadilhas comuns ao adquirir um veículo, seja novo ou usado.
Especialista em direito do consumidor e criador de conteúdo jurídico, Francisco (@doutorfran) alerta que muitas pessoas perdem dinheiro por falta de informação. Neste artigo, reunimos as principais dicas que ele compartilhou para ajudar você a economizar, negociar com segurança e fazer uma compra mais consciente.
Por que Francisco Rabello recomenda vender seu carro diretamente a um particular?
Ele diz que a venda para particulares rende até 30% mais do que entregar o veículo na concessionária ou agência. Vender direto permite receber o valor real de mercado, sem desconto abusivo. Ele sugere oferecer o veículo por um valor ligeiramente abaixo do mercado para agilizar a negociação, mas sem perder muito.
Seguindo essa estratégia, o comprador já chega negociando com mais clareza e força. Você diminui a margem para os revendedores cobrarem margem extra. A ideia é buscar sempre a melhor condição para trocar o carro, preservando seu valor de forma justa.
Como pesquisar o carro ideal antes de decidir?
Francisco Rabello explica que pesquisar bem o modelo desejado é essencial. Ele indica assistir a vídeos, ler relatórios sobre defeitos comuns e custos de manutenção, e até testar o carro zero quilômetro para comparar.
Mesmo se for comprar usado, fazer test-drive no modelo novo ajuda a identificar ruídos ou falhas no usado. Depois, vá às concessionárias ou lojas da marca buscando o veículo usado, compare preços e negocie com base em referências reais.
O que saber ao negociar preço à vista ou com financiamento?
Ele enfatiza: seja você o consumidor e sempre negocie o menor valor possível, falando que quer pagar à vista. Se houver taxa zero na concessionária, pode valer mais financiar parte e manter o dinheiro investido. Isso exige controle financeiro pessoal.
Quando financiar, busque a melhor taxa nos bancos com os quais você já tem relacionamento. Compare o valor da parcela e negocie com a concessionária. Se a parcela oferecida por eles for menor, feche com eles. Se não, use seu banco. Você tem o direito de escolher seu financiamento sem restrição.
Qual a vantagem do consórcio segundo o especialista?
Francisco Rabello aponta que o consórcio pode ser uma opção vantajosa quando a taxa zero não existe e você pode esperar ser contemplado. Ele recomenda dar lances com o dinheiro que você tem, evitar prazos longos se não puder aguardar e comparar taxas.
O consórcio tem taxas menores que o financiamento convencional, mas exige paciência. Se você precisa do carro imediatamente e não há taxa zero, aí o financiamento convencional pode ser mais prático, mas é essencial comparar bem antes de decidir.
E sobre o emplacamento: posso escolher o despachante?
Ele lembra que você não é obrigado a usar o serviço da concessionária para emplacar. Se tiver tempo, pode fazer por conta própria, economizando. Se preferir contratar alguém, escolha um despachante de confiança fora da loja, para evitar taxas altas.
Francisco destaca que isso é seu direito legal enquanto consumidor: usar o próprio prestador de serviço, não o indicado pela concessionária. Essa autonomia ajuda especialmente se estiver economizando em outros aspectos da compra.
Você sabia? uma curiosidade sobre essa experiência de compra de carro
Ele compartilha que sua própria experiência no Brasil foi difícil — seja com carro novo ou usado. Por isso desenvolveu essas dicas: evitar perder valor, negociar firme e manter independência no processo.
Apesar de existir vendedores e lojistas corretos, ele diz que “em grande maioria” há pressão para aplicar taxas, descontos baixos ou impor serviços. Saber dos seus direitos torna a compra mais segura e menos estressante.
Qual o impacto das taxas e parcelas no bolso do comprador?
Sempre verifique o valor real da parcela que você terá de pagar, não apenas a taxa de juros. A experiência do especialista mostra que um financiamento aparentemente barato pode se tornar custoso se você não olhar o valor da prestação mensal.
Por exemplo, o Banco Central e o Ministério da Justiça orientam que o consumidor calcule o Custo Efetivo Total (CET) do empréstimo para comparar corretamente entre ofertas. Essa prática ajuda você a evitar armadilhas financeiras em contratos longos e juros compostos.
Quer ajuda para aplicar essas dicas na sua compra?
Você pode usar essas orientações em cada etapa: pesquisa, venda, negociação, financiamento e emplacamento. Seu dinheiro e seus direitos devem ser preservados. Com controle e informação, a compra de um carro pode ser menos traumática no Brasil.
Se quiser saber mais sobre consórcio, taxas ou direitos em revendas, posso continuar explicando com base em órgãos oficiais e mantendo a análise clara e segura.
