A discussão sobre Nubank fintech banco ganhou força após uma proposta do Banco Central que pode obrigar a empresa a mudar de nome. Eduardo Feldberg, criador do canal Primo Pobre e referência em educação financeira nas redes sociais, explicou em detalhes por que essa medida não tem a ver com falência ou risco para os clientes.
Com mais de 980 mil seguidores no TikTok (@eduardofeldberg), Eduardo esclarece que o foco está na nomenclatura usada por fintechs que oferecem serviços financeiros, mas não são bancos oficialmente. O Nubank, conhecido pelo seu cartão roxinho, está no centro dessa nova regra — e entender essa diferença pode evitar preocupações desnecessárias.
O que é Nubank fintech banco e por que isso importa?
Eduardo explica que Nubank não é um banco tradicional, mas sim uma instituição financeira não‑bancária. Fintechs como essa não têm as três características de um banco aprovado: agência física, conta corrente formal e depósitos à vista. O Nubank oferece conta digital, cartão e investimentos, mas não capta depósitos à vista, por isso não se enquadra como banco — mesmo usando o termo “bank” no nome.
Essa distinção é fundamental para entender o porquê da proposta do Banco Central. O órgão quer evitar que fintechs usem expressões que confundam o consumidor quanto à natureza e segurança da instituição. Ainda que o Nubank possua licença para operações financeiras, ele não é um banco no sentido regulatório.

Por que o Banco Central está exigindo mudança de nome?
O Banco Central abriu a Consulta Pública 117/2025, com prazo até 31 de maio, para regulamentar o uso de termos como “banco” ou “bank” nas marcas de instituições sem autorização específica. O objetivo é evitar confusão do consumidor e dar mais transparência aos serviços oferecidos.
Na prática, fintechs que usam “bank” terão 180 dias para remover o termo ou alterar a marca, a não ser que obtenham licença para funcionar como banco. Nubank, Stark Bank, PagBank e outros estão entre as instituições impactadas.
E vai quebrar ou não?
Muita gente ficou apavorada com rumores de que Nubank “vai fechar” ou “quebrar em 2025”. Mas Eduardo deixa claro: isso não tem fundamento. É praticamente impossível um grande player como o Nubank falir sem intervenção do governo ou compra por outra instituição — algo comum quando bancos grandes enfrentam dificuldades. Com mais de 110 milhões de clientes no país, o Nubank é o terceiro maior em número de contas, atrás apenas da Caixa e do Bradesco.
Se, por acaso, algum problema financeiro ocorresse, a solução seria um aporte, uma compra ou intervenção estatal. Então, calma: isso é só uma treta de marca, não de solidez financeira.
Qual será o impacto para o consumidor?
O que muda para o usuário é somente a identidade visual e o nome no aplicativo e comunicação — nada a ver com perda do serviço. Os produtos, atendimento, investimentos e recursos seguem normalmente. A mudança só é necessária para cumprir o prazo do Banco Central: obter licença de banco ou perder o “bank”.
Edu mostra que empresas como Nubank podem optar pelo rebranding (por exemplo, virar apenas “Nu”) ou solicitar licença bancária. O mais provável? Roupa nova pra marca, mantendo as operações do dia a dia.

E se eu tiver conta lá: devo me preocupar com meu dinheiro?
Não. Conforme o especialista, nenhuma conta será bloqueada ou afetada. Se o Nubank mudar de nome, seu app e saldo continuarão funcionando normalmente, com migração de marca — se ocorrer — sem prejuízo. Os procedimentos de segurança e regulação seguem inalterados, já que o Nubank cumpre todas as regras sob licença de instituição de pagamento.
Os clientes podem continuar usando os serviços com tranquilidade. O importante é entender que o Nubank continua operando conforme as normas do Banco Central e que a proposta afeta apenas o nome, não a estrutura de funcionamento da empresa.
Essa mudança vale só pro Nubank?
Não. Todas as instituições de pagamento que usam indevidamente “banco” ou “bank” estão na mira. O objetivo do Banco Central é garantir clareza sobre qual empresa é banco de fato, fintech, cooperativa, etc. Mesmo outras grandes fintechs com “bank” no nome terão que se adequar — ou migrar para licença de banco.
Empresas como PagBank, C6 Bank e Inter podem estar sujeitas à mesma exigência, caso não atendam aos critérios para serem reconhecidas como banco. Isso faz parte de uma regulamentação mais ampla para proteger o consumidor e organizar o mercado.
Vai mudar de nome Nubank?
Provavelmente sim — e só isso. A marca roxinha pode tirar o “bank” e se chamar apenas “Nu”, ou adotar outra estratégia. Isso não afeta o funcionamento, apenas a identidade visual. Eduardo Feldberg recomenda ficar de olho no prazo de 180 dias e nas comunicações da empresa.
Se você tiver conta, continue tranquilo: o que muda é somente a marca. Já o sistema de pagamentos, investimentos e crédito permanece lá, já regulado e protegido. E no mais, é hora de acompanhar com calma o desenrolar da consulta do Banco Central.
Fontes confiáveis ajudam a entender melhor
Confira o órgão consultado para embasar o artigo: