Em Matéria da revista Istoé, fica implícito que governo tentará jogar a culpa do 8 de janeiro no então exonerado General Heleno e vai tentar livrar o ministro da Justiça Flávio Dino.
Na matéria, o norte da narrativa é que o General Augusto Heleno foi um dos mentores intelectuais dos ataques do 8 de janeiro, desmontou a estrutura de segurança que permitiria garantir a integridade da Presidência e era a grande referência militar para os grupos extremistas.
A matéria continua e relata que o general deixou no final de dezembro a chefia do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que controlava a Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Será investigado porque desmontou o GSI para que o órgão ficasse totalmente inerte no dia 8. Tirou militares de posições importantes do órgão e da Abin para deixá-los sem reação. “Heleno foi de uma conivência abissal”, diz um ministro do Supremo, segundo a Istoé.
Porém, em momento algum cita que a responsabilidade desses postos estava já com o governo Lula e que todos os setores de inteligência avisaram que poderia haver esse vandalismo, mesmo assim o staff de Lula nao reagiu.
Na visão de um deputado Federal que assinou o pedido da CPI do 8 de janeiro, ficará escancarado que o governo Lula foi omisso e o verdadeiro culpado por deixar desguarnecido os pontos atacados e sede dos poderes, empurrar a responsabilidade para o General Heleno que já estava afastado das responsabilidades há 8 dias e tentar de alguma forma livrar o atual ministro da Justiça da guilhotina no congresso é a estratégia governamental.
Junior Melo (advogado e jornalista)