O GPMI surge como o grande protagonista na evolução dos cabos domésticos e profissionais, segundo especialistas. Thiago Augusto, do Instagram @jornadatop, destacou que esse novo padrão chinês transcende os limites do USB, HDMI, áudio e internet, concentrando tudo em um único conector—e com desempenho impressionante.
No vídeo, ele afirma: “Chega de bagunça na sua mesa… você vai precisar de um cabo pra turias” — referindo-se ao uso de várias peças. A promessa? Velocidade de até 192 Gbps, suporte a vídeo 8K a 240 fps, alimentação de até 480 W, tudo em uma única conexão. Houve ainda menção à estratégia da China: desenvolver um padrão próprio para reduzir dependência e taxas sobre HDMI, USB e outros padrões ocidentais.
O que é o cabo GPMI e por que ele é revolucionário?
O cabo GPMI (General Purpose Media Interface) foi criado por mais de 50 empresas chinesas, reunidas na Shenzhen 8K UHD Video Industry Cooperation Alliance. Ele propõe a substituição de múltiplos cabos por um único intermediário. Há duas versões: GPMI Type‑B, com conector proprietário, entrega até 192 Gbps e 480 W; e GPMI Type‑C, compatível com USB‑C, oferece até 96 Gbps e 240 W.
Esse salto no poder de transmissão triplica ou quadruplica a capacidade de padrões atuais, como USB4, Thunderbolt 4, DisplayPort 2.1 e HDMI 2.1, além de incluir energia e controle sobre o mesmo fio. O resultado? Setup mais simples, rápido e limpo.

Quais são os benefícios reais para o dia a dia?
A proposta vai além de um upgrade técnico. Com o GPMI você junta vídeo, áudio, internet, dados e energia em um único cabo. Menos fios = menos confusão. Na prática, isso significa conectar um laptop a monitor, carregar dispositivos e até controlar TVs com um único conector.
Essa solução traz praticidade tanto para home office quanto para gamers, estúdios, salas de reunião e salas de estar. A promessa é eliminar adaptadores e múltiplas tomadas, entregando 8K com conforto e sem quedas de performance.
GPMI Type-C e Type-B atendem mesmo o que dizem?
De fato, os dados do GPMI Type‑C (96 Gbps/240 W) superam USB4 e Thunderbolt 4 (~40 Gbps/100 W), e o Type‑B (192 Gbps/480 W) oferece o dobro da largura de banda da melhor opção atual e energia suficiente para notebooks e monitores de alta performance.
Além disso, há compatibilidade com USB‑C atual e adição de um protocolo de controle similar ao HDMI‑CEC, além de proteção de conteúdo por criptografia chinesa ADCP, que promete autenticação mais rápida que o HDCP atual.

E a adoção global? Vai substituir mesmo HDMI e USB?
O GPMI ainda está em fase inicial. A adoção será lenta, especialmente fora da China. Grandes empresas como LG, Samsung e Sony ainda não se posicionaram, e a infraestrutura mundial é vasta em HDMI e USB‑C.
É provável que tenhamos um “guerra de formatos” semelhante ao que ocorreu entre Blu‑ray e HD‑DVD, ou USB‑C e Lightning. O futuro sucesso do GPMI dependerá da adesão massiva de fabricantes globais e compatibilidade com padrão USB‑C.
E se eu quiser usar logo? É possível hoje?
Ainda é cedo. Mesmo que existam protótipos e discos rígidos, o padrão ainda será implementado em produtos no último semestre de 2025 ou mais. TVs com GPMI já são anunciadas na China, com promessa de eliminar o HDMI.
Fora de lá, a compatibilidade com USB‑C torna o Type‑C um provável ponto de entrada, mas requer suporte via firmware e hardware futuros.
Será que o cabo GPMI vai dominar mesmo?
O GPMI coloca a China no caminho para autonomia tecnológica, reduzindo dependência de padrões ocidentais como HDMI e USB‑C. Se o padrão for bem aceito, novos dispositivos poderão adotar o conector único, simplificando instalações e reduzindo custos de licenciamento.
Mas sua adoção global depende de adesão de grandes fabricantes e certificações internacionais — o que ainda não está garantido.
Quais são as fontes oficiais do conteúdo apresentado?
- Shenzhen 8K UHD Video Industry Cooperation Alliance
- Wikipedia (EN)