O vereador Senival Moura (PT), investigado por suposto elo com criminosos do Primeiro Comando da Capital (PCC), foi eleito para assumir a Comissão de Trânsito, Transporte e Atividade Econômica — uma das principais da Câmara de São Paulo. A votação foi unânime. Qualquer assunto relacionado à área de transportes na capital paulista passa pela comissão — ou seja, o presidente que decide quando colocar o tema em discussão.
Em junho do ano passado, o vereador entrou na mira da Polícia Civil em uma investigação para apurar a participação do crime organizado no transporte urbano da capital paulista, que ficou conhecido como “máfia dos transportes”. Entre as empresas alvo da operação está a TransUnião, que atua na Zona Leste. Moura é um dos fundadores da companhia.
Conforme as investigações, a TransUnião “era utilizada para a lavagem de dinheiro de membros do PCC”.
A empresa possui contrato com o município. Em média, 315 mil passageiros dependem do serviço, que atende a 49 linhas com uma frota de 564 veículos. A TransUnião recebe atualmente da prefeitura de São Paulo cerca de R$ 100 milhões por ano — o total do contrato de concessão, válido por 20 anos, é de cerca de R$ 2 bilhões.
Revista Oeste