Costura está sendo feita entre os dois maiores blocos da Casa com intuito de isolar oposição
A base do governo no Senado Federal está articulada para deixar o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, fora do domínio de comissões.
Com isso, além de PL, PP, Republicanos e Novo, que juntos compõe um bloco partidário de oposição, ficariam fora do acordo.
Dois líderes governistas de diferentes partidos relataram à reportagem que já há uma divisão nos bastidores para contemplar apenas os dois maiores blocos partidários.
Segundo relatos, cada ‘blocão’ ficaria com sete comissões. O acordo priorizará o maior bloco da Casa, com 31 senadores, formado por MDB, União Brasil, Podemos, PDT, PSDB e Rede. O outro grupo contemplado une PSD, PT e PSB, este com 28 parlamentares.
Líderes governistas afirmam que o argumento para levar adiante a costura é a Constituição, que permite interpretar proporcionalidade como uma opção, não como obrigatoriedade.
A proporcionalidade determina que as maiores bancadas no Senado e na Câmara tenham acesso a mais cadeiras nas comissões.
A contrapartida do PL, por sua vez, deve vir com o lançamento de candidatos, ao menos nas comissões mais importantes. A manobra forçaria a realização de votação para escolha dos indicados.
CNN Brasil