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“O cérebro do adolescente continua ainda a se desenvolver e isso muda tudo”, diz Thiago Queiroz, psicanalista

Por Carlos Emanoel
09/jul/2025
Em Entretenimento
"O cérebro do adolescente continua ainda a se desenvolver e isso muda tudo", diz Thiago Queiroz, psicanalista

Thiago Queiroz e família - Fonte: (Instagram/@thiagoqueiroz)

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O cérebro do adolescente está em profunda transformação segundo Thiago Queiroz, psicanalista em formação e uma das principais referências em parentalidade consciente do Brasil. O especialista, criador do portal “Paizinho, Vírgula!” e certificado pela Attachment Parenting International, explica que as mudanças químicas cerebrais fazem com que os jovens não tenham a mesma clareza racional dos adultos, preferindo sempre a satisfação imediata ao planejamento de longo prazo.

Thiago Queiroz é pai de quatro filhos (Dante, Gael, Maya e Cora), autor do livro “Abrace Seu Filho” e host do primeiro podcast sobre paternidade do Brasil, o “Tricô de Pais”. Educador parental certificado em disciplina positiva pela Positive Discipline Association, ele dedica sua carreira a orientar famílias sobre formas mais empáticas e científicas de educar crianças e adolescentes. Seu trabalho combina experiência prática da paternidade com formação sólida em desenvolvimento infantil e psicanálise.

Por que o cérebro adolescente funciona de forma diferente do adulto?

A neurociência moderna comprova que o desenvolvimento cerebral continua até aproximadamente os 25 anos, sendo o córtex pré-frontal a última região a amadurecer completamente. Essa área cerebral é responsável por funções executivas como planejamento, controle de impulsos, tomada de decisões racionais e capacidade de avaliar consequências futuras. Durante a adolescência, os jovens dependem mais da amígdala, região associada às emoções e reações instintivas.

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Estudos em neurociência do desenvolvimento mostram que o cérebro adolescente passa por um processo intenso de reorganização neural. Enquanto o sistema límbico (responsável pelas emoções) já está plenamente desenvolvido, o córtex pré-frontal ainda está em construção. Isso explica comportamentos aparentemente contraditórios dos adolescentes, que podem demonstrar maturidade em alguns momentos e impulsividade extrema em outros.

Como as mudanças químicas afetam o comportamento dos jovens?

As transformações neurobiológicas da adolescência incluem alterações significativas nos neurotransmissores responsáveis pela sensação de prazer e bem-estar. O cérebro adolescente contém níveis mais baixos de serotonina e dopamina, enquanto apresenta maior sensibilidade a esses mesmos neurotransmissores quando liberados. Isso cria uma busca constante por experiências que proporcionem gratificação imediata.

Os principais efeitos das mudanças químicas cerebrais na adolescência são:

  • Busca intensificada por novidades: Necessidade constante de estímulos e experiências novas
  • Dificuldade para adiar gratificação: Preferência por recompensas imediatas em detrimento de benefícios futuros
  • Maior reatividade emocional: Intensificação das respostas emocionais a situações cotidianas
  • Redução do autocontrole: Dificuldade para inibir impulsos e comportamentos inadequados
  • Alterações no padrão de sono: Tendência natural a dormir mais tarde e acordar mais tarde
  • Hipersensibilidade ao julgamento social: Preocupação excessiva com a opinião dos pares

Por que adolescentes não conseguem planejar como adultos?

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Uma publicação compartilhada por Thiago Queiroz – Paizinho, Vírgula! Psicanalista e Paternidade (@thiagoqueiroz)

A incapacidade de planejamento de longo prazo dos adolescentes tem base neurobiológica sólida. O córtex pré-frontal imaturo limita a habilidade de simular cenários futuros, ponderar prós e contras, e compreender consequências a longo prazo de decisões atuais. Thiago Queiroz destaca que esperar comportamento racional similar ao dos adultos é uma expectativa inadequada e frustrante para ambas as partes.

A neuroplasticidade característica dessa fase significa que o cérebro está sendo literalmente “reformulado” através da eliminação de conexões neurais desnecessárias (poda sináptica) e fortalecimento das conexões mais utilizadas. Esse processo, embora essencial para o desenvolvimento, temporariamente compromete algumas funções executivas que dependem da integração entre diferentes regiões cerebrais.

Como os pais devem se comunicar com filhos adolescentes?

A forma como os pais comunicam-se com adolescentes pode influenciar diretamente quais áreas cerebrais são ativadas durante as interações. Quando a comunicação é percebida como crítica, punitiva ou irrelevante para o presente, o jovem pode “desligar” cognitivamente, priorizando informações que considera mais importantes para sua realidade imediata. Thiago Queiroz enfatiza a importância de adaptar a linguagem às características neurobiológicas dessa fase.

Estratégias eficazes de comunicação com adolescentes incluem:

  • Focar no presente e consequências imediatas: Evitar discursos sobre benefícios muito distantes no tempo
  • Usar linguagem concreta e específica: Substituir abstrações por exemplos práticos e tangíveis
  • Reconhecer e validar emoções: Demonstrar compreensão antes de tentar ensinar ou corrigir
  • Oferecer escolhas limitadas: Permitir autonomia dentro de parâmetros seguros e claros
  • Conectar-se emocionalmente primeiro: Estabelecer vínculo antes de transmitir informações importantes
  • Ser paciente com repetições: Compreender que algumas informações precisam ser reforçadas múltiplas vezes

Quais erros os pais cometem ao lidar com adolescentes?

Um dos principais equívocos parentais é esperar que adolescentes processem informações e tomem decisões da mesma forma que adultos. Essa expectativa inadequada gera frustração mútua e pode danificar o relacionamento familiar. Outro erro comum é tentar “convencer” através de argumentos puramente lógicos sobre benefícios futuros, ignorando que o cérebro adolescente prioriza naturalmente recompensas imediatas.

Thiago Queiroz observa que muitos pais tentam “gatilhar” áreas cerebrais que ainda não estão suficientemente desenvolvidas nos adolescentes. Quando falamos sobre consequências muito distantes ou utilizamos raciocínios abstratos complexos, podemos estar ativando circuitos neurais que simplesmente respondem “isso não é importante para mim” ou “eu não entendo o que isso significa na prática”.

Como apoiar o desenvolvimento saudável do cérebro adolescente?

"O cérebro do adolescente continua ainda a se desenvolver e isso muda tudo", diz Thiago Queiroz, psicanalista
Adolescentes – Créditos: (depositphotos.com / HayDmitriy)

O suporte adequado ao desenvolvimento neurobiológico dos adolescentes envolve criar ambiente que estimule a maturação do córtex pré-frontal sem sobrecarregar suas capacidades atuais. Isso inclui estabelecer rotinas consistentes, proporcionar experiências desafiadoras mas não overwhelming, e manter comunicação empática que valide suas experiências emocionais enquanto oferece orientação prática.

As principais ações para apoiar o desenvolvimento cerebral saudável são:

  • Estabelecer rotinas consistentes: Criar estrutura que ofereça segurança sem rigidez excessiva
  • Estimular atividades físicas regulares: Exercícios promovem neuroplasticidade e regulação emocional
  • Garantir sono adequado: Respeitar necessidade natural de mais horas de descanso nessa fase
  • Proporcionar desafios graduais: Oferecer responsabilidades crescentes dentro das capacidades atuais
  • Praticar paciência com erros: Compreender que falhas fazem parte do processo de aprendizagem
  • Modelar comportamentos desejados: Demonstrar na prática as habilidades que esperamos desenvolver

Quando buscar ajuda profissional para questões adolescentes?

Embora comportamentos intensos e aparentemente irracionais sejam normais na adolescência devido ao desenvolvimento cerebral em curso, alguns sinais podem indicar necessidade de suporte profissional. Mudanças drásticas de comportamento, isolamento social extremo, alterações significativas no desempenho escolar, ou comportamentos de risco persistentes merecem atenção especializada de psicólogos ou psiquiatras familiarizados com desenvolvimento adolescente.

Os principais sinais de alerta que indicam necessidade de ajuda profissional incluem:

  • Isolamento social prolongado: Recusa persistente em interagir com família e amigos por semanas
  • Mudanças bruscas de humor: Oscilações emocionais extremas que interferem no funcionamento diário
  • Comportamentos autodestrutivos: Automutilação, abuso de substâncias ou ideação suicida
  • Declínio acadêmico severo: Queda significativa no rendimento escolar sem causa aparente
  • Distúrbios alimentares: Alterações extremas nos padrões de alimentação e preocupação com peso
  • Agressividade descontrolada: Episódios frequentes de violência verbal ou física

Fontes oficiais consultadas

As informações deste artigo foram fundamentadas em fontes científicas e especializadas reconhecidas:

  • Thiago Queiroz: Portal Paizinho, Vírgula! e conteúdos sobre parentalidade consciente – https://thiagoqueiroz.com
  • Revista Educação: Artigos científicos sobre neurociência e desenvolvimento cerebral adolescente
  • Colégio Planck: Pesquisas sobre comportamento adolescente e funções executivas
  • Método Supera: Conteúdos sobre neurociência aplicada ao desenvolvimento humano
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