A salsicha, alimento que o Dr. Adonis Carnevale (fisiologista e neurocientista, com milhares de seguidores no Instagram @adoniscarnevale1) aponta como o “top 1 dos piores alimentos”, realmente merece atenção quando falamos de risco à saúde. Segundo o especialista, esse risco se deve à elevada quantidade de nitrito e nitrato — substâncias usadas na conserva — que estão associadas ao câncer de intestino.

Por que o consumo de salsicha pode elevar o risco de câncer intestinal?
O Dr. Adonis alerta para substâncias presentes na salsicha: nitritos e nitratos que, quando processados no corpo, formam compostos chamados nitrosaminas. Essas substâncias são reconhecidas por agirem no DNA e promoverem inflamação, o que pode levar ao desenvolvimento de tumores intestinais. Além disso, o especialista compara o efeito cancerígeno da salsicha ao tabaco, reforçando que o ambiente, inclusive a dieta, influencia o surgimento de doenças — e não apenas fatores genéticos.
O que dizem as evidências científicas?
Estudos epidemiológicos, como os avaliados pela OMS/IARC, classificam carnes processadas — incluindo salsicha — como carcinogênicas (Grupo 1), com risco até 18% maior de câncer colorretal ao consumir 50 g/dia.
Outro estudo recente em modelo animal mostrou que carnes com nitritos aumentam o risco de tumores, evidenciado por marcadores de inflamação e alteração na microbiota intestinal.
Qual é o risco real de comer salsicha uma vez por mês?
O especialista menciona “três vezes por mês aumenta 16%”. Embora valores exatos variem de estudo para estudo, o consenso é que o consumo regular de salsichas aumenta o risco. A OMS indica que nem mesmo pequenas quantidades podem ser consideradas totalmente seguras — o ideal é evitar ou consumir raramente, mantendo equilíbrio com outros alimentos saudáveis .
Posso comer salsicha de vez em quando?
Segundo instituições como Cancer Research UK e American Cancer Society, consumos ocasionais — sem exagero e dentro de uma dieta rica em vegetais, fibras e grãos integrais — tendem a reduzir o risco geral. Ainda assim, carnes processadas devem ser parte limitada da alimentação diária .
Quais são alternativas melhores para salsicha?
Alguns países — como Itália e França — já optam por produtos com livres de nitrito em embutidos. Produtos tipo Parma sem nitrito estão disponíveis, mostrando que a indústria alimentícia pode evoluir para opções mais saudáveis . Além disso, pesquisas sugerem que adicionar vitamina C durante o processamento pode reduzir a formação de compostos cancerígenos no organismo.
Fontes oficiais:
- Organização Mundial da Saúde / IARC: carnes processadas como grupo 1 carcinogênico
- Cancer Research UK e NHS: orientações sobre consumo moderado
- Estudos científicos: Nature, Science of Food, revisões sobre nitrosaminas