Localizada a pouco mais de cem quilômetros de Salvador, Feira de Santana representa um ponto essencial no interior da Bahia por diversos fatores que vão muito além de seu porte populacional. Desde meados do século passado, a cidade consolidou-se como um importante centro de atividades econômicas, culturais e sociais, atraindo visitantes e investidores de diversas regiões do Brasil. Ao longo dos anos, o município tornou-se referência pela capacidade de conciliar tradição, desenvolvimento e uma vibrante vida popular, características que continuam a impulsionar o crescimento local em 2025.
Com uma população que ultrapassa 620 mil habitantes, Feira de Santana destaca-se como um polo de convergência de pessoas, ideias e negócios. Sua posição geográfica, no chamado sertão baiano, coloca a cidade em contato direto com diversas rotas ligando o Norte, o Sul e o Oeste do país. Esse cenário reflete-se na diversidade cultural e na economia robusta, bem como nas inúmeras manifestações populares que compõem o calendário anual da localidade.
Por que Feira de Santana é considerada o coração do sertão baiano?
O apelido de “coração do sertão baiano” não surgiu por acaso. Feira de Santana ocupa uma posição estratégica na malha rodoviária brasileira, funcionando como elo de ligação entre diferentes estados e municípios do Nordeste. Como entroncamento rodoviário, a cidade recebe diariamente milhares de veículos, transportando mercadorias, pessoas e riquezas que circulam pela BR-116, BR-324, BR-101 e outras rodovias federais e estaduais.
Esse papel de conectividade é fundamental para o desenvolvimento regional. O fluxo intenso nas estradas favorece o comércio atacadista e varejista, impulsionando setores como logística, transportes, hotelaria e alimentação. Além disso, a presença de grandes feiras e mercados fortalece ainda mais a vocação comercial da cidade, que há anos serve de referência não apenas para a Bahia, mas para todo o Brasil.
Feira de Santana: Economia forte e comércio diversificado
O comércio é um dos principais motores do desenvolvimento feirense. A cidade ostenta um dos maiores centros de vendas do Norte e Nordeste, recebendo clientes e fornecedores de diferentes estados todos os dias. O setor de serviços também desponta como fonte importante de geração de renda e empregos, favorecido pela presença de shoppings, galerias, atacadões e uma diversidade de pequenas e médias empresas.
A economia local, além do comércio, é fortalecida por segmentos da indústria, agricultura e pecuária. O Centro de Abastecimento, local conhecido por sua tradição, destaca-se na comercialização de hortifrutigranjeiros, produtos regionais e artesanato. Toda essa movimentação estabelece Feira de Santana como referência em dinamicidade econômica, atraindo investimentos e contribuindo para a modernização do sertão baiano.
Quais são as festas populares que movimentam Feira de Santana?
Dentre as festividades de maior destaque na região, a Micareta de Feira desponta como símbolo local e nacional. Reconhecida como o maior carnaval fora de época do Brasil, a Micareta atrai multidões desde sua criação em 1937. O evento ocorre tradicionalmente no mês de abril, reunindo atrações de renome, blocos e trios elétricos que animam foliões de várias partes do Brasil.
Além da Micareta, o município sedia outras manifestações culturais, como a Expofeira – voltada para o agronegócio – e festejos religiosos de tradição centenária. O São João, por exemplo, mobiliza comunidades urbanas e rurais, mantendo modos de vida e costumes passados de geração em geração. Essas celebrações ajudam a preservar a identidade feirense e a promover o intercâmbio cultural entre diferentes povos e tradições.
- Micareta de Feira: Festa que mistura ritmos baianos como axé, pagode e samba-reggae, com ares de Carnaval fora de época.
- Expofeira: Exposição agropecuária de destaque no calendário rural baiano.
- Festejos Juninos: Celebração com quadrilhas, comidas típicas e forró.
Curiosidades históricas sobre Feira de Santana
A história de Feira de Santana remonta ao século XIX, quando a região era conhecida por abrigar a fazenda Santana dos Olhos D’Água, pertencente ao casal Domingos Barbosa de Araújo e Ana Brandoa. O nome do município faz referência justamente à padroeira local, Senhora Santana, que continua a ser celebrada nas tradições religiosas.
No início, a feira livre nasceu como ponto de encontro de tropeiros, comerciantes e viajantes. Com o tempo, cresceu e deu origem à atual cidade, cuja trajetória está fortemente vinculada ao comércio. Outra curiosidade é que Feira de Santana já foi chamada, em tom popular, de “Portal do Sertão” e “Princesa do Sertão”, reforçando sua importância na conexão entre o litoral e o interior do Nordeste.
- Entrocamento rodoviário: Local estratégico para comércio e transporte.
- Nome herdado da padroeira: Reflete suas raízes religiosas e históricas.
- Surgimento das feiras livres: Fundamento econômico e social do município.
O município segue buscando novas formas de diversificar a economia, incentivar a cultura e preservar o patrimônio, mantendo o ritmo de crescimento sustentável e valorizando as tradições que moldam sua identidade. Assim, Feira de Santana reafirma seu papel central no sertão baiano e projeta-se como referência em pluralidade, força econômica e riqueza cultural.
