Durante o Carnaval do Recife, no sábado 11, o músico José Demóstenes, da Orquestra Malassombro, causou polêmica. Vestido com roupas vermelhas e pequenos chifres de demônio, o homem cantou: “Meu frevo é quem fode os fascistas (…) Todos cairão. Meu frevo fode a familícia. Foi fake a facada no cão”. Adiante, Demóstenes fala em “ficção de facada e gozação de facada”.
Nas redes, internautas interpretaram o conteúdo da música como uma crítica velada ao ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado pela esquerda de ser “fascista” e de integrar milícias. Além disso, em 2018, durante a campanha eleitoral, o então candidato levou uma facada, em Juiz de Fora (MG), que quase o matou.
Até hoje, petistas afirmam que o atentado protagonizado por Adélio Bispo, um ex-militante do Psol, foi fake. “O desespero de Bolsonaro é tanto que está tentando aplicar uma espécie de Plano Cohen Tabajara”, publicou o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), no ano passado. “Ele ressuscita a fakeada para tentar um último suspiro da derrota iminente. A verdade é que o miliciano é o pior presidente da história do Brasil, e o povo não aguenta mais.”
Em 2019, quando ainda estava preso em Curitiba por corrupção, o então ex-presidente Lula chegou a pôr em dúvida o atentado. “Aquela facada tem muita coisa estranha”, disse o petista, a blogueiros de esquerda. “Uma facada que não aparece sangue, que o cara é protegido pelos seguranças do Bolsonaro.”