O presidente Jair Bolsonaro (PL) espera pelo menos 40 embaixadores estrangeiros para a apresentação sobre transparência das eleições, em encontro aguardado para esta segunda-feira, 18. O chefe do Executivo compartilhou a expectativa em contato com jornalistas em Brasília no último domingo 17.
Segundo o presidente da República, a apresentação aos representantes internacionais vai ser técnica, sem tom político. Bolsonaro citou episódios recentes de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em eventos no exterior como exemplos de atos que supostamente fugiram da harmonia democrática.
Luiz Edson Fachin, presidente do TSE, disse em evento nos EUA que temia por “atos golpistas nas eleições brasileiras, em comparação com a invasão do Congresso norte-americano por apoiadores de Donald Trump”. Já Luís Roberto Barroso, do STF, afirmou que as Forças Armadas estavam sendo orientadas a atacar o processo democrático nas eleições.
“Vai ser algo técnico. Porque o ministro Fachin e o Barroso foram para o exterior criticar o presidente da República, fazer palestra de como derrubar o presidente e falar que estou atentando contra a democracia. Nós queremos é transparência”, afirmou Bolsonaro a jornalistas no domingo.
Bolsonaro ainda externou preocupação sobre a condução do debate entre o TSE e as Forças Armadas a respeito da colaboração para a transparência das eleições. Para o presidente, a indefinição sobre o acolhimento das sugestões dos militares serve para que a Corte acabe, no fim, ignorando qualquer tentativa de participação externa.