Foto: Reprodução/Pixabay/JoaquinAranoa.
Arqueólogos da Universidade de Múrcia (UMU, na sigla em espanhol) exploravam um conjunto de cavernas na Espanha quando encontraram no subsolo marcas de “ursos gigantes”, com mais de três metros.
De acordo com os professores Ignácio Martín Lerma, da UMU, e Didac Román, da Universidade Jaume I, responsáveis pelas escavações, “a identificação das marcas de garras de ursos ‘cavernícolas’ em muitas das paredes torna a caverna um grande exemplo de habitat desses grandes mamíferos no sul da Europa”.
As escavações começaram em 2015, na cidade de Múrcia, e confirmaram a existência de ocupações de diferentes épocas pré-históricas, entre 7 mil e 50 mil anos. O local se tornou um dos poucos da zona mediterrânea em que se pode rastrear a transição entre os neandertais e os humanos modernos.
Caverna dos ursos gigantes
No local, os cientistas descobriram uma caverna com mais de 1,5 mil metros de comprimento, uma das cinco maiores de Múrcia. Algumas zonas da cova podem ter até 20 metros de altura, além de suas salas de estalactites serem, segundo os pesquisadores, algo de difícil comparação no mundo.
“É uma catedral no subsolo (…) temos amostras de espeleotemas que têm mais de quatro metros, esse lugar é único no mundo”, disse Lerma, conforme o site da rádio espanhola Onda Cero. “O trabalho pela frente é de uma vida inteira, mas o importante é conservar e preservar. E o mais importante é que a caverna está intacta e completamente selada, e está além da faixa de 50 mil anos atrás.”
Créditos: Revista Oeste.