O ex-deputado André Ceciliano (PT-RJ) foi convidado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para comandar a Secretaria de Assuntos Federativos, órgão que funciona no quarto andar do Palácio do Planalto. Em 2018, o então deputado era presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Na época, Ceciliano apareceu no topo da lista de suspeitos em um suposto esquema de “rachadinha” na assembleia.
Ele teria sido beneficiário de quase R$ 50 milhões. O ex-deputado sempre negou as acusações. O esquema consiste na exigência feita a assessores de entregarem parte de seus salários ao parlamentar.
Apesar do escândalo, os inquéritos do Ministério Público que apuravam a prática de Ceciliano e de outros parlamentares acabaram arquivados, mas as investigações não foram encerradas.
Desde então, no caso de Ceciliano, a Promotoria trabalha com a hipótese de que o dinheiro detectado nas contas dos assessores do deputado, cuja origem ainda é desconhecida, na verdade foi movimentado para quitar uma dívida com um agiota que já tinha sido lotado no seu gabinete. As investigações correm em segredo de Justiça. A informação foi publicada pela revista Veja, nesta sexta-feira, 10.
O caso veio à tona a partir de um documento do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), onde aparece também o nome de Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. A investigação também foi arquivada. As defesas afirmaram, na época, que havia indícios de que os dados do documento foram compartilhados de forma irregular pela Receita Federal.
Revista Oeste