Presidente criticou obstáculos do governo para reconquistar controle acionário, mas disse que não deve atuar para recomprar ações da empresa
Lula voltou a criticar, nessa terça-feira (7), a desestatização da Eletrobras – conduzida e concluída pelo governo Jair Bolsonaro. Em uma coletiva com veículos digitais escolhidos pela Secom do Palácio do Planalto, o petista disse que considera a perda de controle acionário uma “bandidagem” e que contestará a questão nos tribunais.
“Na Eletrobras, o governo tem 40% das ações, e o governo só pode participar na direção como se tivesse 10%”, reclamou o presidente. “Se amanhã o governo tiver interesse de comprar as ações, as ações para o governo valem três vezes mais do que o valor normal para outro candidato. Ou seja, foi feito quase que uma bandidagem para que o governo não volte a adquirir maioria na Eletrobras.”
Ele disse que a Advocacia-Geral da União (AGU) deve contestar a diluição das ações. “É uma coisa irracional, maquiavélica, que não podemos aceitar”, continuou.
Questionado se o governo irá buscar a recompra de ações, Lula desconversou: “Não vou juntar dinheiro para comprar de volta. A minha prioridade neste momento é acabar com a fome neste país.”
o Antagonista