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O governador de Roraima, Antonio Denarium (PP), anunciou na 6ª feira (3.fev.2023) a instalação de um abrigo estadual para o acolhimento dos indígenas yanomamis, que vivem uma crise sanitária no Estado. O compromisso consta em um ofício encaminhado por Denarium ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A medida tem previsão de ser efetivada nos próximos 30 dias e a gestão da unidade será compartilhada com o DSEI-Y (Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami). As atividades no local devem ser desenvolvidas em parceria entre órgãos do Estado e a União.
“Estive em reunião com os ministros e reafirmo o compromisso com Roraima e com o Brasil. Estamos disponibilizando a estrutura da administração pública do Estado em apoio ao governo federal para unirmos forças e sanar a grave crise enfrentada pela população yanomami. Será um trabalho feito em conjunto e de forma coordenada”, afirmou o governador depois de se reunir com o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, e com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, em Brasília.
O abrigo será instalado em um local de propriedade do governo do Estado, a cerca de 200 metros da Casai (Casa de Saúde Indígena) Yanomami, onde também foi instalado um Hospital de Campanha da FAB (Força Aérea Brasileira). Segundo o ofício de Denarium enviado a Lula, o espaço será adaptado para acolher os indígenas em tratamento de saúde, “com ambiente seguindo os costumes da etnia”. O edifício principal tem cerca de 500 metros quadrados e um bloco anexo, que funcionará como administração, enfermaria e coleta de exames.
“O abrigo estadual obedecerá aos hábitos e costumes da etnia, sem que haja nenhum prejuízo à cultura secular dos yanomamis e funcionará durante o período de vigência do decreto de emergência da saúde yanomami, com instalações que estão localizadas ao lado da Casai, melhorando assim a qualidade dos indígenas acolhidos pela instituição”, diz trecho do ofício.
A gestão pública do espaço será de responsabilidade da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), do Ministério da Saúde, com apoio da Setrabes (Secretaria da Saúde do Estado e da Secretaria do Trabalho e Bem-Estar Social).
Créditos: Poder360.