Ele estava em casa e tratava uma pneumonia. Causa da morte não foi informada.
Morreu nesta sexta-feira (3), no Rio, o banqueiro José Luiz de Magalhães Lins, um dos maiores incentivadores do Cinema Novo. Ele estava em casa e tratava uma pneumonia. A causa da morte não foi informada.
Como banqueiro, esteve à frente de várias instituições e transitou pelos mais diversos círculos. Conviveu com políticos, empresários, militares, jornalistas e artistas de diferentes visões ideológicas.
Nelson Rodrigues descreveu assim sua habilidade diplomática: “Zé Luiz está num lugar que dá ao sujeito uma visão de guerra e paz, de Balzac e Proust”.
“Zé Luiz está num lugar que dá ao sujeito uma visão de Guerra e Paz, de Balzac e Proust.”
Jose Luiz de Magalhães Lins ajudou grandes empresas brasileiras. Como diretor-executivo do Banco Nacional, foi avalista de um empréstimo concedido ao jornalista e empresário Roberto Marinho, considerado fundamental para os primeiros passos da TV Globo.
Na vida pessoal, foi um homem discreto, de poucas entrevistas e raras aparições públicas. Uma delas, no casamento com Nininha Nabuco, neta do abolicionista Joaquim Nabuco. Juntos tiveram cinco filhos: Ana Cecília, Maria Cristiana, José Antonio, José Luiz Filho e João Paulo.
Nos bastidores da vida pública, teve presença ativa em momentos históricos do Brasil – que aparecem citados em quase uma centena de livros.
Nos anos 70, à frente do Banco Nacional, José Luiz de Magalhães Lins deu sua maior contribuição à cultura brasileira. Foi grande apoiador do Cinema Novo e financiou diversas produções que marcaram a história do cinema nacional.