A Economist Intelligence Unit analisa e pontua (de zero a dez) 167 países, que são divididos entre “democracias plenas”, “democracias imperfeitas”, “regimes híbridos” e “regimes autoritários”
O Brasil perdeu quatro posições de 2021 para 2022 no ranking do Índice de Democracia (Democracy Index) da The Economist Intelligence Unit (EIU), para 51º.
Braço de pesquisa da revista “The Economist”, a EIU analisa e pontua (de zero a dez) 167 países, que são divididos entre “democracias plenas“, “democracias imperfeitas“, “regimes híbridos” e “regimes autoritários“. Para cada país, são consideradas cinco categorias:processo eleitoral e pluralismo; funcionamento do governo; participação política; cultura política e liberdades civis.
Com uma pontuação de 6,78, o Brasil está no grupo das “democracias imperfeitas”. Essa é a pior nota do Brasil na série da EIU, iniciada em 2006. A maior foi 7,38 em 2006, 2007 e 2014.
Quando Jair Bolsonaro assumiu a Presidência, em 2019, o Brasil tinha fechado o ano anterior com nota de 6,97.
Os piores desempenhos do país em 2022 são nas categorias de funcionamento do governo e cultura política, ambas com nota 5. A melhor é 9,58 em processo eleitoral e pluralismo.
Como comparação, a maior nota geral em 2022 é da Noruega (9,81), que tem 9,64 em funcionamento do governo e 10 em cultura política.
América Latina
Considerando apenas a América Latina, o Brasil aparece em 9º. O líder é o Uruguai, país considerado uma “democracia plena”, com nota 8,91.
Segundo a EIU, “as instituições democráticas na América Latina foram testadas em 2022, quando algumas das maiores democracias da região realizaram eleições em uma atmosfera carregada de hiperpolarização e anti-incumbência”. A EIU afirma que a eleição mais polarizada ocorreu no Brasil, onde o então presidente de direita Jair Bolsonaro enfrentou o ex-presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva.
O Globo