Com cerca de R$ 500 mil reais, a conta bancária da festa de formatura de 46 alunos de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) foi completamente zerada. Os acadêmicos acusam calote da empresa Brave Brasil Formaturas e Eventos e entraram na Justiça pedindo a anulabilidade do contrato e o bloqueio de bens do empreendimento.
A empresa organizadora da formatura é de Florianópolis e, nesse domingo (29), foi denunciada em reportagem do Fantástico por não cumprir contratos com alunos de medicina, Brasil afora.
Lívia Arruda Pedrini, de 23 anos, está no penúltimo semestre de medicina na UFMS e tinha intenção de comemorar a finalização do ciclo com amigos e familiares no início de 2024. Porém, o sonho tem se tornado um verdadeiro pesadelo.
Além de formanda, Lívia faz parte da comissão de formatura. A estudante de medicina comenta que o contrato da turma, com 46 alunos, tinha uma cláusula em que desautorizava a empresa retirar grandes quantias de dinheiro sem autorização e assinatura da presidente da comissão. O que não foi feito, segundo Laís, a própria presidente dos estudantes.
“No nosso contrato tinha que todas as nossas mensalidades eram para cair uma conta específica, mas precisaria da autorização minha e outras pessoas da comissão para fazer a movimentação. Fomos fazer uma festa no fim do ano passado, até então não tínhamos feito nada com eles. Reparamos que eles não tinham pedido assinatura para nada, aí levantou o alerta. Até hoje eles não mandaram os comprovantes da última festa. Assim que estourou em Maringá, pedimos a prestação de contas, eles não mandaram e pararam de responder. Fiquei olhando todos os dias, o dinheiro foi diminuindo”, detalha Laís Amancio.
Laís, de 23 anos, veio do interior de Goiás para cursar medicina em Mato Grosso do Sul. “Quando firmamos o contrato com uma empresa, esperamos que ele seja cumprido. Achamos que era confiável, já fizeram muitas formaturas, mas está sendo uma semana horrível”.
O burburinho envolvendo os escândalos da Brave Brasil Formaturas e Eventos começaram a circular no início de janeiro, quando alunos de medicina no Paraná ficaram sem baile de formatura e alegaram golpe de quase R$ 3 milhões.
G1