O senador Izalci Lucas (PSDB-DF), aliado de Rogério Marinho (PL-RN) na candidatura à Presidência da Casa Alta, disse nesta segunda-feira (30) que está em curso uma tentativa de atrair Eduardo Girão (Podemos-CE) para o grupo que se opõe a Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Segundo o tucano, não há sentido em mais de uma candidatura de oposição.
“O que estamos trabalhando agora é que haja uma candidatura única [da oposição], fazer o Girão se conscientizar que é importante estar todo mundo que é oposição junto“, declarou Izalci.
No domingo (29), o senador tucano promoveu um almoço para apoiadores de Marinho em sua casa, no Lago Sul, região nobre de Brasília. No espaço de 1 dia, avalia, as chances do ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) vencer as eleições, que serão realizadas na quarta-feira (1), aumentaram.
“Há muita dissidência nos partidos e uma união forte do grupo [PP, PL e Republicanos]. No PSDB, o Alessandro [Vieira] confirmou. Tem alguns do Podemos, do União Brasil. Ele já tem todas as condições de ganhar as eleições“, disse.
Os principais argumentos que têm conquistado o voto de senadores indecisos, segundo Izalci, são aqueles que visam ao empoderamento do Senado. Disse que, sob Pacheco, a Casa Alta passou a homologar decisões da Câmara e perdeu o protagonismo.
“O que a gente vota de matéria no mesmo dia que chega no Senado é impressionante. Muito do que se vota no Senado vai para a gaveta na Câmara. Projetos importantes não caminham. Essas decisões monocráticas também precisam regulamentar e nada acontece”, disse.
Segundo Izalci, Pacheco tem dito que apoiadores de Marinho não terão lugar na mesa do Senado ou nas presidências de comissões.
“Na prática, esse tipo de ameaça é muito ruim. Diferente do Rogério [Marinho], que é outro perfil. Isso acaba também dando vantagem a ele. Ele diz que seguirá o regimento, que diz que a participação é proporcional às bancadas. Se exclui senadores, está excluindo parte da sociedade, que votou neles. E como presidente, no momento em que se discute tanto e se defende a democracia, você dizer que vai excluir o PL, o maior partido, da mesa diretora é uma incoerência”, declarou.
Com informações de Poder 360