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Uma operação do Ministério do Trabalho e Previdência e do Ministério Público do Trabalho resgatou nove pessoas que trabalhavam sob condições análogas à escravidão, no norte de Minas Gerais.
A ação foi feita ao longo da semana e contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal. Os trabalhadores foram encontrados em carvoarias, atuando sob situação degradante.
Minas Gerais foi o estado em que mais se resgatou pessoas em situação análoga à escravidão em 2022. No ano passado, foram 1.070 trabalhadores. Goiás, segundo lugar no ranking, teve 271 registros.
A operação ocorreu na semana em que se celebra o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, neste domingo (28/1). A data ficou marcada pelos assassinatos de auditores fiscais do trabalho, no episódio conhecido como Chacina de Unaí. Na ocasião, os servidores investigavam denúncias de mão de obra escrava em fazendas mineiras quando foram mortos.
Condições degradantes
Desde 2018, a PRF participou de 838 ações contra o trabalho escravo no Brasil. A maior parte dos flagrantes ocorreu em propriedades rurais, em áreas próximas a rodovias federais.
De acordo com a corporação, nesses casos, é comum a prática do aliciamento e tráfico interestadual de seres humanos. Em geral, os trabalhadores são encontrados sob péssimas condições de alojamentos, com fios elétricos expostos e desencapados, superlotação de ambientes, situações precárias de higiene, banheiros insalubres, além da falta de acesso à água potável e meios de comunicação.
As vítimas, muitas vezes, não têm consciência sobre suas condições, sem saber que têm direito a salário, assistência médica, previdência e transporte. Muitos cresceram naquele ambiente, vendo pais e avós sendo submetidos à mesma situação.
Créditos: Metrópoles.