A partir de 1º de julho de 2025, o Brasil verá a implementação de uma nova legislação trabalhista que traz mudanças significativas para o trabalho em domingos e feriados. A Portaria nº 3.665/2023, publicada no Diário Oficial da União em 20 de dezembro de 2024, estabelece novas diretrizes que impactam tanto trabalhadores quanto empregadores, especialmente no setor de comércio. A principal mudança é a regulamentação do trabalho nesses dias por meio de convenções coletivas, o que pode alterar escalas e pagamentos.
Anteriormente, a decisão de escalar trabalhadores para atuar em domingos e feriados era prerrogativa do empregador. Com a nova portaria, essa decisão passa a ser mediada por acordos coletivos entre sindicatos patronais e de empregados. Essa mudança revoga elementos da Portaria nº 671/2021, que permitia o trabalho nesses dias de forma mais flexível. A nova regulamentação busca garantir que as condições de trabalho sejam negociadas de forma coletiva, proporcionando maior proteção aos trabalhadores.
Como a nova portaria afeta o setor de comércio?
A Portaria nº 3.665/2023 traz impactos diretos para o setor de comércio, que agora precisa negociar o trabalho em feriados por meio de convenções coletivas. Isso fortalece o papel dos sindicatos nas negociações, uma vez que os acordos precisam ser firmados entre as partes envolvidas. Isso pode garantir benefícios adicionais aos trabalhadores, como bonificações ou folgas compensatórias, especialmente em empresas de maior porte.
No entanto, a medida também pode trazer desafios para pequenas empresas, que podem ter menos poder de negociação frente aos sindicatos. Além disso, a nova regulamentação não se aplica a atividades consideradas essenciais, como saúde, transporte e segurança, que continuam a operar normalmente em domingos e feriados.

Quais são os impactos para trabalhadores e empresas?
A nova portaria que regulamenta o trabalho em feriados traz mudanças significativas tanto para os trabalhadores quanto para as empresas. Ao exigir negociação coletiva com os sindicatos, a medida pretende garantir maior proteção aos empregados, mas também impõe novos desafios para os empregadores, especialmente os de menor porte. As alterações impactam diretamente a dinâmica do mercado de trabalho, conforme destaca a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
- Os trabalhadores poderão negociar melhores condições de trabalho em feriados.
- A portaria pode afetar quem depende do adicional de 100% nesses dias.
- As empresas precisarão realizar mais negociações coletivas com os sindicatos.
- Pequenas empresas podem enfrentar dificuldades para se adequar às novas regras.
- A medida pode incentivar a melhoria nas relações entre patrões e empregados.
O papel dos sindicatos na nova legislação
A nova legislação trabalhista trouxe mudanças significativas que ampliam o papel dos sindicatos nas relações de trabalho. Com a exigência de acordos coletivos para decisões importantes, como o trabalho em domingos e feriados, os sindicatos passam a ter uma função ainda mais central nas negociações. Esse cenário pode beneficiar os trabalhadores com melhores condições de trabalho, ao mesmo tempo em que reforça a importância de uma atuação sindical ativa e representativa.
- Acordos coletivos passam a ser essenciais com a nova portaria.
- Sindicatos ganham mais relevância nas negociações trabalhistas.
- Possibilidade de melhoria nas condições de trabalho dos empregados.
- Maior participação dos trabalhadores nas atividades sindicais.
- Fortalecimento da representação dos trabalhadores.
- Promoção de um ambiente de trabalho mais justo e equilibrado.
Quais desafios a nova legislação pode trazer?
A implementação da Portaria nº 3.665/2023 não está isenta de desafios. Para os empregadores, especialmente os de pequenas empresas, a necessidade de negociar com sindicatos pode representar um obstáculo significativo. A falta de experiência em negociações coletivas pode levar a acordos menos favoráveis ou a dificuldades em atender às demandas sindicais.
Para os trabalhadores, a nova legislação pode significar uma mudança na forma como os benefícios são negociados e concedidos. Embora a proteção adicional seja bem-vinda, a dependência de acordos coletivos pode criar incertezas sobre os direitos trabalhistas em feriados e domingos. Portanto, tanto empregadores quanto empregados precisarão se adaptar a esse novo cenário regulatório.