O general Júlio César de Arruda exerceu o cargo de comandante do Exército por apenas duas semanas, o menor período de tempo desde a Proclamação da República. Nomeado em 6 de janeiro com base no critério da antiguidade, ele acabou demitido no último sábado, 21, num desdobramento da insatisfação do presidente Lula.
Após escolher o sucessor para o posto, Lula disse que o novo comandante, o general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, pensava exatamente como ele.
Já o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, declarou que Arruda caiu em razão de uma “fratura de confiança”. Essa expressão define bem o caso, já que o general demitido não só demonstrou resistência para cumprir uma ordem do presidente, que é o comandante supremo das Forças Armadas, como insinuou que resistiria a uma eventual decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito dos atos.