Em um relatório divulgado recentemente, as forças israelenses admitiram falhas em um incidente que resultou na morte de profissionais de saúde na Faixa de Gaza. O episódio, que ocorreu em março de 2025, envolveu médicos e socorristas que foram alvejados enquanto prestavam socorro em uma estrada. A ONU acusou Israel de atacar deliberadamente os trabalhadores humanitários, mas o exército israelense negou a intenção de atingir os profissionais.
O relatório das Forças Armadas de Israel destacou “diversas falhas profissionais” e “violações de ordens”, resultando em punições para alguns oficiais. No entanto, a investigação não encontrou evidências de execução ou de que os mortos tenham sido amarrados. O exército alegou que os disparos ocorreram contra veículos que se aproximaram de forma suspeita, sem sinais de emergência visíveis.
Detalhes sobre o ataque fatal à equipe médica
De acordo com o relatório, no dia do incidente, houve três eventos distintos envolvendo disparos. No primeiro, soldados atiraram em um veículo identificado como pertencente ao Hamas. No segundo, tropas abriram fogo em veículos que se aproximaram, não reconhecendo inicialmente que eram ambulâncias devido à baixa visibilidade. No terceiro, um veículo da ONU foi alvejado por supostas violações operacionais, que não foram especificadas.
Os laudos de autópsia dos corpos dos médicos, obtidos por um jornal americano, revelaram que as mortes ocorreram por disparos na cabeça ou no peito. A ONU divulgou vídeos mostrando os corpos sendo desenterrados, junto com veículos destruídos, incluindo ambulâncias e um caminhão de bombeiros.

A resposta internacional ao ataque que matou os médicos
A comunidade internacional, incluindo a Cruz Vermelha, condenou o ataque, destacando que os profissionais de saúde estavam devidamente identificados e deveriam ter sido protegidos conforme as normas do Direito Internacional. O secretário-geral da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho enfatizou que os trabalhadores humanitários não devem ser alvos em zonas de conflito.
Por outro lado, as autoridades israelenses alegaram que terroristas estavam usando instalações e equipamentos médicos para suas atividades, justificando as ações militares como medidas de proteção para civis e tropas. A ONU e outras organizações pediram uma investigação completa para esclarecer os fatos.
O que levou à escalada entre Israel e Hamas?
O conflito entre Israel e o Hamas se intensificou em outubro de 2023, após um ataque do grupo terrorista ao território israelense, resultando em numerosas mortes e sequestros. Em resposta, Israel lançou uma operação militar em Gaza, que causou destruição significativa e uma crise humanitária na região. Estima-se que mais de 50.000 palestinos tenham morrido desde o início do conflito.