As primeiras viagens espaciais privadas realizadas em 2021 abriram espaço para um novo mercado. Empresas como Blue Origin, SpaceX e Virgin Galactic passaram a disputar uma nova corrida espacial por viagens comerciais.
Mas um dos obstáculos para a consolidação do turismo espacial é a adaptação do corpo humano a um ambiente sem gravidade terrestre. Rápido envelhecimento das células, atrofia cardiovascular e desgaste ósseo são alguns dos problemas enfrentados por astronautas quando voltam à Terra.
Com o objetivo de amenizar esses problemas, pesquisadores da Universidade de Kyoto e da Kajima Corporation, no Japão, apresentaram um projeto inovador: construir edifícios com gravidade artificial.
As equipes apresentaram renderizações de uma “instalação viva de gravidade artificial” chamada Luna Glass durante uma conferência no dia 5 de julho. A estrutura, apelidada de “The Glass“, mede 396 metros de altura e possui formato de cone. Luna Glass foi projetada para completar uma rotação completa a cada 20 segundos, usando a força centrífuga como forma de “reajustar” a gravidade.
O Luna Glass é projetado para as atmosferas de Marte e da Lua e, segundo o jornal Asahi Shimbun, deve ter um protótipo simplificado na superfície lunar até 2050. A construção do edifício completo, no entanto, deve levar em torno de 100 anos.
Segundo os pesquisadores, seria possível instalar esses edifícios em um outros planetas para que seres humanos possam passar um tempo ou até morar nestes lugares. O Luna Glass tem a mesma gravidade da Terra e permitira a construção de casa, ruas e parques dentro da estrutura.
A proposta dos pesquisadores também envolve criar espaços nas instalações que imitem a biodiversidade do planeta Terra, como florestas e orlas.
O Luna Glass contará ainda com o próprio sistema de transporte para viajar entre a Terra, a Lua e Marte, o “Hexagon Space Track System”. Será um trem espacial do tamanho de um trem-bala japonês e vai criar gravidade por meio de força centrífuga. Ele viajará entre estações construídas entre satélites espaciais e será lançado por motores de foguete.
Créditos: Poder 360.