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O ministro da Defesa, José Múcio, virou um dos assuntos mais comentados nesta 6ª feira (20.jan.2023) no Twitter. O congressista do Psol Gláuber Braga e internautas promoveram em seus perfis na rede social a frase “Fora Mucio”, pedindo sua saída do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Por volta de 20h (horário de Brasília), “Fora Mucio” estava na 6ª posição entre os termos mais comentados no Brasil, com mais de 4.700 postagens a favor da saída de Múcio. Algumas das mensagens classificam o ministro como “porta-voz e advogado dos militares”.
O pedido pela saída de Múcio do governo Lula se dá no mesmo dia em que ele, o presidente e os comandantes militares realizaram uma reunião no Palácio do Planalto, em Brasília, conforme antecipado pelo Poder360, em 17 de janeiro.
Coube a Múcio a articulação para a realização dessa reunião. O objetivo: reaproximar Lula dos militares depois dos atos no 8 de Janeiro.
Na 5ª feira (19.jan), véspera do encontro, Lula decidiu convidar Josué Gomes, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), e empresários (leia aqui quem participou). Houve um constrangimento e estranheza entre os militares.
A avaliação dos militares é que o petista usou o encontro, considerado delicado, para prestigiar o amigo e filho de José Alencar (1931-2011), vice-presidente nos 2 primeiros mandatos de Lula. Na 2ª feira (16.jan), assembleia da Fiesp aprovou a destituição de Josué do comando da entidade.
Além da estranheza causada pela presença de empresários, outra questão também serviu para constranger Múcio. Integrantes do Palácio do Planalto e do Ministério da Justiça vazaram informações a veículos de imprensa com o poder de causar uma percepção negativa sobre os militares.
Os vazamentos fazem parte de uma campanha de integrantes do PT contra José Múcio.
O ministro tem sofrido pressão por parte da alta cúpula petista, de dentro e fora do governo.
Além disso, também é criticado pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. O magistrado já disse a Lula que considera o Múcio impróprio para o cargo, e enfraquecido pelo discurso do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, que responsabilizou os militares pelos atos de vandalismo em 8 de Janeiro.
Na avaliação de militares, Dirceu seria um porta-voz da ala mais à esquerda do PT.
Créditos: Poder 360.