O senador Plínio Valério (PSDB-AM) cobra neste início de 2023 a instalação da comissão parlamentar de inquérito (CPI), que propôs há quase quatro anos, para investigar a atuação de organizações não-governamentais na Amazônia. A meta do senador amazonense é “abrir a caixa-preta” das ONGs.
Valério argumenta que o tema segue tão atual quanto em 2019, porque pode aproveitar a retomada de doações internacionais para estas organizações e via Fundo Amazônia, com o fim do governo de Jair Bolsonaro (PL).
Ele cita como exemplo da atualidade da iniciativa que marcou seu primeiro ano de mandato, o fato de o bilionário George Soros ter repassado, em apenas um ano, o equivalente a R$ 107 milhões, por meio de sua fundação, a Open Society Foundations. Bem como a sinalização de doações vindas da Noruega, Alemanha e França, além de arrecadações promovidas pelo ator Leonardo Di Caprio.
“É importante que, na volta do Fundo Amazônia, saibamos para onde vão [sic] esse dinheiro, qual o compromisso de quem recebe esse dinheiro e para que é esse dinheiro. Essa caixa-preta é isso, a gente saber para onde vai tanto dinheiro: como vai, porque vai, para onde vai. E se prestam contas, diante de um monte de ONG que não presta contas. E essa caixa-preta, só uma CPI pode abrir”, disse Plínio Valério, em entrevista à Rádio Senado.
O senador terá que formalizar uma nova solicitação para abrir a CPI das ONGs, em 1º de fevereiro, quando se inicia uma nova legislatura com novos senadores.
Diário do Poder