O senador eleito Rogério Marinho, ex-ministro do Desenvolvimento Regional do governo Jair Bolsonaro e pré-candidato à presidência do Senado, disse à CNN acreditar que o governo Lula está alinhado ao Judiciário.
Segundo ele, essa situação fez com que o Senado Federal perdesse força. “Houve invasão de prerrogativas por parte do Judiciário. Hoje você vê alinhamento do Judiciário com o governo Federal e a vitória do Pacheco manterá isso”, afirmou. Nos cálculos do Partido Liberal (PL), hoje Pacheco conta com 34 votos e Marinho tem 31. Portanto, existem 16 votos a serem conquistados.
De acordo com Marinho, “a reeleição do Rodrigo (Pacheco), por mais respeitada que seja, é uma situação que mantém o status quo atual em que a Comissão de Constituição e Justiça não funciona e nem há qualidade legislativa”.
Marinho disse ainda que “o Judiciário está fazendo papel dele”, quem não está é o Senado.
“Se tem vácuo, ele é ocupado. Enquanto o Legislativo não se der ao respeito, isso continuará ocorrendo. O natural é que seja uma instituição altiva, que tenha condição de sentar à mesa de negociação.”
Para ele, o mais importante é que cada instituição cumpra o seu papel. “Senado precisa voltar a ser Senado e Judiciário voltar a ser Judiciário. As prerrogativas do Senado estão sendo ultrapassadas sob a complacência do presidente Rodrigo Pacheco”.
O senador também afirmou que a reeleição de Pacheco levará Davi Alcolumbre de volta à CCJ e que daqui a dois anos Alcolumbre retornaria à presidência do Senado, mantendo a situação atual. “Com Alcolumbre já é jogo jogado. Ele volta para a CCJ que não funcionou e daqui a dois tenta virar presidente do Senado.”
Para Marinho, o Senado perdeu o contato com a sociedade. “Há incômodo do Senado que sabe que perdeu ressonância com sociedade. Dos 27 eleitos, só cinco eram senadores. Isso mostra distância da sociedade. A renovação de três quartos é bem acima da média histórica. Isso tem incomodado os senadores que avaliam que há necessidade de haver mudança.”
Por CNN.