De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), a equipe da Delegacia Especializada em Investigações Criminais (Deic) de São Bernardo do Campo “solicitou a quebra do sigilo bancário e trabalha para esclarecer o caso”
A Polícia Civil de São Paulo informou, nesta terça-feira (17), que solicitou a quebra de sigilo bancário de Alicia Muller, a estudante de medicina da USP que é suspeita de ter desviado quase R$ 1 milhão da formatura de sua turma.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), a equipe da Delegacia Especializada em Investigações Criminais (Deic) de São Bernardo do Campo “solicitou a quebra do sigilo bancário e trabalha para esclarecer o caso”.
A aluna de 25 anos é alvo de um inquérito policial na unidade para apurar os crimes de lavagem de dinheiro e estelionato. Ela teria dado um prejuízo de R$ 192 mil a uma lotérica depois de não pagar pelas apostas que fez.
Essa investigação acontece em paralelo ao inquérito do 16º Distrito Policial, que apura especificamente o crime de apropriação indébita envolvendo o dinheiro da formatura da turma de Alicia.
Também nesta terça-feira (17), o Procon-SP notificou a empresa Ás Formaturas, que tinha sido contratada pela Turma 106 da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) para as celebrações de fim de curso.
O Procon-SP pediu “explicações sobre o caso de desvio de dinheiro do fundo do evento”.
“A empresa deverá explicar quem autorizou a transferência dos valores e quais os critérios estabelecidos para movimentação de dinheiro entre a Ás Formaturas e qualquer membro da comissão de formandos ou terceiros”, informou o Procon em nota.
A empresa de formatura tem até o próximo dia 19 para prestar os esclarecimentos.
Contrato foi cumprido, diz empresa
No último sábado (15), questionada pela CNN sobre a transferência de R$ 927 da formatura da turma de medicina para uma conta pessoal de Alicia Muller, a Ás Formaturas se manifestou através de suas assessoria dizendo que o contrato foi cumprido.
A empresa destacou que, em relação a esta turma de medicina da USP, “a Ás não se comprometeu com a realização ou produção de qualquer evento”.
“A responsabilidade da Ás no contrato limitava-se a arrecadar os valores dos formandos e transferir para a turma, além da realização da cobertura fotográfica”, acrescenta o comunicado da empresa.
“Neste sentido, todas as transferências foram realizadas rigorosamente conforme estabelecido nas cláusulas contratuais”, concluiu a Ás Formaturas.
A empresa ainda afirmou que está “à disposição das autoridades para o fornecimento de contratos, documentos, e-mails e demais informações”.
A Ás concluiu dizendo que está em contato com a comissão para buscar alguma solução que viabilize a realização do evento planejado.