O pré-candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PL), retornou à cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais, pela primeira vez após o ataque que sofreu em 2018. Eele participou da 43ª Convenção Estadual das Assembleias de Deus (CONAMAD) e falou sobre a crise na Argentina.
O chefe do executivo também falou sobre a situação dos vizinhos Chile e Colômbia.
“Veja para onde está indo a economia da nossa Argentina aqui do lado. Será que brevemente vamos ter que fazer uma Operação Acolhida na Argentina a exemplo da Operação Acolhida em Roraima? Metade da população já está na linha da pobreza. O segundo país mais rico aqui da América do Sul, nosso grande parceiro comercial ainda”, disse o mandatário.
A inflação da Argentina acelerou em junho e atingiu 64% no acumulado de 12 meses, conforme divulgou o o Indec (Instituto Nacional de Estatística e Censos), na quinta-feira (14).
Em junho, o Banco Central da Argentina elevou a taxa básica do país pela sexta vez neste ano, para 52%, para tentar conter a maior alta generalizada dos preços em 30 anos.
Bolsonaro também criticou medidas adotadas no “nosso Chile”. “Olha como está o Chile, um país redondinho na sua economia, sempre crescendo no mínimo 5% no ano. Para onde foi?”, perguntou.
Bolsonaro também fez referência à eleição do senador e ex-guerrilheiro Gustavo Petro na Colômbia, em junho.
“Volta agora também a nossa Colômbia, onde acabaram de eleger um guerrilheiro do movimento M19. Qual o serviço público mais procurado na Colômbia no momento, alguém sabe? Emissão de passaporte. Se preparando para sair de lá”, disse.Segundo o presidente, a “classe rica” colombiana está fugindo do país com a eleição do candidato de esquerda, mas encontra dificuldades por não poder ir mais para a Venezuela ou para o Brasil, que estaria “saturado”.
“A classe rica vai para Miami. Para a América do Sul parece que está difícil achar um país em que se possa sonhar com paz e tranquilidade”, acrescentou.