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O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres foi preso pela Polícia Federal (PF) e está no 4º batalhão da Polícia Militar no Guará, região administrativa do DF, neste sábado (14).
Fontes relataram à analista de política da CNN Basília Rodrigues que a prisão foi rápida, tranquila e discreta.
O avião de Torres, vindo de Miami, nos Estados Unidos, pousou por volta de 7h20 no Aeroporto Internacional de Brasília. De acordo com apuração da Basília Rodrigues, ele foi o primeiro a descer do avião e foi recebido por um delegado da Polícia Federal.
Ele inicialmente foi levado diretamente do avião para o hangar da PF. Em seguida, um comboio de carros da Polícia Federal acompanhado de carros descaracterizados partiu em direção ao Complexo Penitenciário da Papuda.
De acordo com Basília Rodrigues, agentes da PF que cumpriram a ordem de prisão relataram que, ao mesmo tempo em que o comboio ia à Papuda, carros da PF levaram o ex-ministro para o Batalhão da PM no Guará.
A estratégia foi utilizada para dispersar a imprensa e garantir maior discrição à prisão de Torres, segundo a analista.
Torres é ex-delegado da Polícia Federal, o que pode ter aumentado a preocupação com a exposição do processo.
Em nota, a PF informou que Torres “foi preso ao desembarcar no Aeroporto de Brasília e encaminhado para a custódia, onde permanecerá à disposição da Justiça”. “As investigações seguem em sigilo”, completou.
A defesa informou à CNN que Torres já passou pela audiência de custódia e o procedimento para certificar a integridade física e psicológica do preso durou cerca de três horas.
A CNN obteve um despacho do gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, que agendou a audiência para 12h30 deste sábado. A oitiva foi realizada por videoconferência.
O mandado de prisão preventiva contra Torres foi decretado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Recaem sobre ele suspeitas de ser conivente e omisso diante dos atos criminosos promovidos por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no dia 8 de janeiro.
Na segunda-feira (9), pelo Twitter, o ex-secretário publicou um pronunciamento dizendo que foi “surpreendido pelas lamentáveis cenas” em Brasília durante seu “segundo dia de férias”.
“Lamento profundamente que sejam levantadas hipóteses absurdas de qualquer tipo de conivência minha com as barbáries que assistimos. Estou certo de que esse execrável episódio será totalmente esclarecido, e seus responsáveis exemplarmente punidos”, escreve o comunicado.
Créditos: CNN Brasil.